Estreia de Maggie Gyllenhaal na direção com um elenco fantástico: Olivia Colman é a protagonista, Leda, junto com Dakota Johnson, Peter Sarsgaard e Alba Rohrwacher
Para sua estreia na direção – intensa e intimista – Maggie Gyllenhaal escolheu A Filha Perdida, baseado no romance La figlia oscura de Elena Ferrante, deslumbrada pela autora de L’amica genial. Exibido pela primeira vez no 78º Festival de Cinema de Veneza (1-11 de setembro) e em breve nos cinemas italianos e na Netflix, o filme reúne um elenco feminino estelar de grande valor.
O enredo
A protagonista, Leda, é interpretada pela vencedora do Oscar Olivia Colman (no presente) e pela talentosa Jessie Buckley (no passado). No início da história, Leda, uma professora britânica, está de férias na Grécia, onde aluga uma villa à beira-mar que parece dar-lhe a tranquilidade que procura. Quando um grupo de vizinhos barulhentos chega à praia, o clima muda: Nina (Dakota Johnson) tem uma filha jovem e inquieta, cuja visão enche Leda de ternura, mas também de tristeza. Leda tem duas filhas adultas e se vê na jovem mãe, mas algo muda, iniciando uma série de inesperadas cadeias de reações. O estudante irlandês Will, interpretado por Paul Mescal (protagonista da famosa série Normal People), administra o resort de praia, enquanto Peter Sarsgaard é o professor Hardy, um acadêmico que mudou profundamente a vida pública e pessoal de Leda.
Para Olivia Colman
Maggie Gyllenhaal disse que Elena Ferrante concedeu-lhe os direitos de adaptação [do romance em filme] sob duas condições, uma foi que ela não retratasse Leda como louca porque isso teria desencadeado uma onda de superioridade e falta de empatia por parte do público. O que você acha disso?
Olivia Colman (OC): Na realidade, todo mundo pensa que é algum tipo de pessoa, mas acaba sendo diferente. Leda faz coisas horríveis, mas de um jeito diferente do normal, o que imediatamente me intrigou da maneira certa. Gosto de experimentar. E estou feliz que ela não seja considerada louca porque ela é apenas uma mulher para quem a vida reservou situações muito complexas.
É difícil compartilhar o mesmo com outra pessoa?
OC: Jessie e eu somos amigas e nos conhecemos há muito tempo, então trocamos várias mensagens, mas Maggie me tranquilizou antes. Ela não queria que eu me fixasse em como coordenar nossas performances e me deu carta branca, o que foi libertador. Nossos dias de filmagem se sobrepuseram apenas por alguns dias, mas foi legal.
A diretora disse que não acreditou no que via quando viu que você havia aceitado o papel. O que o convenceu a fazer isso?
OC: Eu respeito e admiro muito a Maggie e gostaria de ser tão multifacetada quanto ela. Eu nunca vou dirigir na minha vida, há muitas coisas para manter sob controle, enquanto ela tem a situação sob controle o tempo todo. Então, quando ela me ofereceu o papel, fiquei com medo de não ser boa o suficiente para isso. Precisei de algumas doses para encontrar coragem para dizer sim.
A autora é Italiana, a diretora é americana e a protagonista é britânica. Como vocês se entendem?
OC: Para mim, isso é um valor agregado, porque Maggie é muito direta. Lembro-me de um dia quando estávamos no set com a figurinista, que também é britânica: estávamos conversando por cerca de vinte minutos sobre um certo chapéu de que eu não gostava, mas estava tentando lidar com a situação diplomaticamente. Não conseguimos chegar a um acordo e assim que ela percebeu, disse “Tire essa p*rra de chapéu”. Nós dois falamos inglês, mas era como se fossem idiomas diferentes, mas ela resolveu o problema em um segundo.
Então Maggie convenceu Elena Ferrante
Como você obteve os direitos do filme?
Maggie Gyllenhaal: Eu me apaixonei completamente pelo livro, a ponto de escrever para Elena Ferrante uma longa e apaixonada carta. Ela me disse que não me daria os direitos a menos que eu dirigisse o filme, então eu tentei. Eu nunca conheci Elena Ferrante, mas nós nos escrevíamos muito e eu valorizo essas palavras porque elas são muito preciosas para mim.
No início, sua esposa não queria dar a você o papel de um homem envolvido em um relacionamento com uma mulher jovem e bonita. Você está feliz que ela mudou de ideia?
Peter Sarsgaard: Para mim, foi um enorme prazer ver minha esposa mostrar todo o seu talento e potencial. Não vou acrescentar mais nada, porque posso começar a chorar. Veja, agora as pessoas sabem que ela não é apenas uma atriz incrível, mas também tem um olho aguçado para a verdade não convencional. Ela sempre consegue me inspirar.
Como lhe convenceram a se juntar ao projeto?
Dakota Johnson: Maggie e eu nos encontramos para almoçar em Nova York, antes disso nos vimos apenas uma vez em uma festa, muito brevemente. A verdade é que sempre fui apaixonada pelo trabalho dela e desta vez ela me pegou desprevenida com o papel que me pediu para interpretar. Ela me fez sentir segura, mesmo que seu pedido me assustasse muito. Esta é uma colaboração que ficará comigo para sempre.
Alba Rohrwacher: Eu estive no set apenas por alguns dias para minha participação especial, mas aqueles foram os momentos mais felizes do ano passado.
Uma última curiosidade: você sabe quem é Elena Ferrante?
Maggie: Infelizmente, não. Eu nunca a conheci, mas nós nos escrevíamos muito e eu valorizo essas palavras porque são muito preciosas para mim.
Logo após ser anunciada como capa, pela segunda vez, da revista AnOther, dessa vez junto com as mulheres do elenco de Suspiria, foi divulgada a capa da Vogue Austrália, com nossa amada Dakota embelezando-a. Confira a entrevista traduzida na íntegra à seguir:
Então, estamos conversando via conferência do outro lado do Pacífico. “Oi, que horas são? O que está acontecendo?” Dakota Johnson me pergunta.
Estou na Hamilton Island durante a Race Week, e é tão lindo: dias claros e azuis, super iates e corridas, muitos martínis de lichia…
“Então, você está de ressaca?” ela se pergunta. Não!
“Australianos não ficam de ressaca,” ela diz com uma risada. Normalmente não: ainda são 11:45 da manhã.
Johnson está em sua casa em Los Angeles. “É uma casa linda. Tenho muita sorte de morar em uma casa assim, é tipo uma casa na árvore/casa de barco. É muito especial – sempre sinto que é bom demais para mim.” Sua casa foi feita pelo arquiteto moderno Carl Maston, e foi finalizada em 1947. “O interior da casa foi renovado, mas além disso, o esqueleto e a estrutura são os mesmos. Amo estar aqui. Me inspira. Tenho um escritório aqui. É a primeira vez que tenho um local de trabalho de verdade, com tudo que amo fazer, todas minhas pinturas, carvão, coisas do tipo e meus livros; há muitas prateleiras. É um lugar lindo de se estar. É realmente verde, há muitos pássaros e eu me sinto como a Branca de Neve.”
“É legal ter uma casa-sede. Não passo muito tempo aqui – estou sempre viajando – mas é legal saber que tem um lugar que posso ir sempre. Não sei se algum dia vou vendê-la, mesmo que se torne completamente um espaço de trabalho. É uma casinha muito especial.”
Johnson tem atuado desde que tinha 10 anos de idade, mas esteve na indústria durante toda sua vida. Está em seu sangue: seu pai é Don Johnson, sua mãe é Melanie Griffith e sua avó materna é Tippi Hedren. Ela tem mais de 24 papeis em sua filmografia até agora. E agora, aos 28 anos, parece que ela está no lugar certo, com dois filmes diversos e fascinantes para serem lançados antes do final do ano.
Acabei de assistir o trailer de Suspiria, um remake do clássico de terror de 1977 do diretor Dario Argento, agora dirigido por Luca Guadagnino (Call Me By Your Name), e é muito assustador. “É meio bizarro,” Johnson diz. O pôster é igualmente perturbador – estrelando um Johnson com cara de inocente com a simples proposta: ‘Dê sua alma para a dança.’
“O filme é muito, muito complexo,” ela diz. “E tem muito o que absorver. É sobre uma jovem que viaja para Berlim para estudar nessa companhia de dança prestigiada, acontece numa Alemanha pós-guerra e é uma época onde está tudo muito volátil, uma época em que as mulheres eram muito expressivas, zangadas e não tinham medo de mostrar isso. Então, você percebe que algo não está certo na academia de dança e parece ser comandada por bruxas. É meio que a jornada dessa jovem mulher, descobrindo quem ela é e é realmente poderoso e chocante. Foi uma experiência chocante, linda, e deu muito trabalho, precisou de muito aprendizado, foco e diligência – mas foi muito divertido.
É realmente interessante de ver e ouvir as reações das pessoas com relação ao filme. É muito, muito intenso, mas no geral nos divertimos muito, fazer filmes é divertido de qualquer forma, e então quando você faz algo que provoca as pessoas, é muito interessante, é uma posição emocionante e travessa de se estar.”
Uma de suas colegas de elenco em Suspiria é a incrível atriz Tilda Swinton, com quem Johnson trabalhou ao lado no outro filme de Guadagnino, A Bigger Splash. “Ela é incrível, uma mulher tão maravilhosa. Ela é extremamente inteligente, tem um gosto incrível e seu conhecimento de arte, filmes e vida, o verdadeiro suco e carne da experiência… ela é capaz de articular tudo tão belamente. Ao mesmo tempo, ela é extremamente materna, aconchegante, criativa e animada sobre artes. Eu a respeito muito; a amo profundamente como uma amiga e como uma colaboradora, trabalharei com ela para sempre,” Johnson diz.
Eu sugiro que Johnson está agora bem lá, no coração da ‘equipe’ de Guadagnino, aquele círculo interno de atores e pessoas criativas que fez os filmes dele ressoarem tão perfeitamente. “Eu sinto que posso estar,” ela diz com esperança, não ousando levar nada disso como garantido.
Nós conversamos sobre aquela poesia visual excepcional de Guadanino que é muito boa e poderosa. “Essa é uma das coisas que faz dele um baita cineasta notável. Sua estética é tão específica, tão detalhada e, de verdade, somente ele sabe como levar o filme até onde ele está – realmente pessoal, é como se fosse sua personalidade materializada, é incrível. Ele é tipo um designer de interiores das emoções, então ele consegue criar uma estética física e ela vai provocar sentimentos em você. Ele consegue fazer os sentimentos serem físicos, o que é uma habilidade real, um talento.”
Eu digo que ela é sortuda por trabalhar com ele – e, claro, ele é sortudo por trabalhar com Johnson. Ela ri. “Nós dois apenas clicamos imediatamente e falamos sem falar. Nós trabalhamos duro, perfeitamente, e é completamente, totalmente fácil conosco. Antes, nós discutimos e conspiramos, discutimos ideias, vibes, sentimentos e momentos por um tempo, e então colocamos para funcionar.
Às vezes, ele dirige de uma forma específica, tipo: ‘Mova sua cabeça só um pouco para a esquerda’ – então é como se fôssemos uma pessoa. Eu também já o vi trabalhando com outras pessoas e é diferente com cada um. Acho que esse é o sinal de um bom diretor: ele realmente se adapta.”
Conversamos também sobre destemor, e temor obviamente, porque seus dois próximos filmes são tensos e assustadores. “Eu tenho medos na vida, eu não… ughhh, bem quando eu disse… tem uma aranha enorme na minha casa! Meu Deus, uau, é tãããão grande, eu odeio ela, ah Deus, mas eu não gosto de matar as coisas, não consigo dizer se está do lado de dentro ou de fora… está do lado de dentro! [Pausa] Eu vou só conduzi-lo para fora.” Agora ela está falando com a aranha. “Você tem que sair daqui, eu te amo, mas vai embora, é isso aí, obrigada, entendi. É assustador, poderia ter sido uma viúva negra, eu poderia estar com risco de vida!” Rainha do drama.
“Sim, eu tenho meus medos, mas tento não deixá-los me inibir.”
Bom, ela é uma libriana, afinal, o que eu sugiro que significa que ela pode ser equilibrada. “Sinto que sou equilibrada quando o assunto é outras pessoas e suas emoções. Eu não passo por extremos… mas definitivamente tenho momentos que são bem sombrios e definitivamente tenho picos bem altos. Acho que isso também só ser uma pessoa emocional. Não tenho medo das minhas emoções e não escondo delas. Eu as uso: é meu trabalho. Estou interessada nelas. Se algo acontece, eu presto atenção à forma que eu reajo. Não é sempre confortável.”
Desde o título, Maus Momentos no Hotel Royale, até o trailer, você sabe que o próximo filme de Johnson vai ser bem divertido – e bem sombrio. “Eu não sei o que era, mas ano passado eu passei por um período em que eu gravitei na direção dessas mulheres mais sombrias, mas elas estão todas meio justapostas com esse calor. Acho que ao mesmo tempo eu explorei isso em mim mesma. Sou uma pessoa realmente gentil e amorosa, mas também luto com a escuridão. Luto tendo dias difíceis, me sentindo bem para baixo, pesada e é difícil sair desse lugar, mas então, sabe, essas coisas podem coexistir. Eu descobri isso em algumas personagens diferentes que interpretei, em Suspiria definitivamente, e Maus Momentos cem por cento – e aquele filme foi tão divertido de se fazer. Foi um filme de época (ambos foram, na verdade) que acontece nos anos 60, durante uma época em que as pessoas estavam realmente se expressando. As regras eram confusas, as pessoas estavam infringindo a lei e as coisas estavam bem loucas, mas é um filme completamente diferente de Suspiria.
Drew Goddard escreveu e dirigiu o filme, e é uma história com teor criminalístico desses estranhos que vão parar no mesmo hotel na mesma noite e eles não sabem nada sobre o outro, mas estão todos muito enrolados e suas histórias se alinham.”
Você se alinhou com Jeff Bridges (ele interpreta um dos sete personagens em Maus Momentos no Hotel Royale)? Ele é uma lenda e tanto. “Ah deus, ele foi simplesmente incrível. É um ser humano maravilhoso. Eu o amo, ele é tão divertido, talentoso e inteligente, um cara ótimo, ótimo com quem trabalhar. Ele está realmente interessado nas pessoas, passando um tempo com elas. Às vezes você trabalha com as pessoas, passa o dia inteiro com elas no set e aí você percebe que não os conhece de verdade, mesmo depois de passar três meses gravando o filme… ele é um cara bem-apessoado e realmente se importa com as pessoas. Ele não é tipo um ator precioso, é apenas um cara legal.”
Um amigo para a vida? “Eu gostaria de dizer que Jeff Bridges será meu amigo para a vida, com certeza.” Isso é digno de uma camiseta. “Sim, e somente uma que eu possa usar!”
E então, claro, tem Chris Hemsworth – pesquise ele no Google e Bad Times at El Royale e ‘sem camisa’ aparece.
“Ah, meu Deus. É uma grande distração,” Johnson diz. “Eu estava tipo, gente, vocês cometeram um grande erro em fazê-lo parte desse filme, porque todo mundo vai esquecer tudo que aconteceu [no filme] até agora. Chris vai chegar nas telonas, e seu corpo é escandaloso, é inacreditável, uma coisa louca, louca de se olhar, e sua camisa estava completamente desabotoada. Ninguém no set iria prestar atenção em outra coisa: era tão chocante, de forma alguma sexualmente, só, tipo, cientificamente, como é possível ter aquela aparência? Louco! Então ele comia uma vasilha de Smarties e você fica tipo: ‘Você é um babaca, vai se foder!’ Eu não como nada doce: eu como coisas verdes por três meses para que eu consiga entrar em um par de jeans. E ele come qualquer merda que quer e parece que foi literalmente cinzelado em mármore – é insano.”
Eu concordo, adicionando que a Austrália o ama. Johnson concorda: “Ele é realmente engraçado, doce, maravilhoso e um ótimo ator, então estou feliz que vocês o amam, porque ele é uma pedra preciosa de verdade.”
Maus Momentos foi gravado em Lake Tahoe, com as fronteiras estaduais de Califórnia e Nevada passando pelo El Royale. “Acho que eu escolheria o lado Califórnia; eu sou uma garota californiana,” ela diz. Mesmo que você tenha nascido no Texas? “Bem, é aí que tá, eu nasci no Texas, mas estivemos lá apenas por seis dias, porque meu pai estava gravando um filme lá.”
Nós discutimos o conceito de filmes com hotéis/motéis assustadores terem um gênero próprio, e Johnson diz que o mais assustador para ela foi o filme de 1995, Grande Hotel: “Aquele filme meio que me ferrou quando eu era criança. Meu padrasto [Antonio Banderas] estava nele. Tem uma prostituta morta debaixo da cama e eu assisti quando era muito nova, então estava tipo, ‘Meu Deus!’ estou muito em hotéis, o que está acontecendo? Isso me marcou. E naquele filme quando ele se transforma em um rato… sabe… sim, chamava Convenção das Bruxas, com Anjelica Huston: esse cara é transformado em um rato em um hotel. E Eloise, claro, nós moramos no hotel Plaza por um tempo quando eu era bem nova e eu achava que ela era real o tempo todo. Sempre quis sair para brincar com ela, então eu perguntava e eles falavam: ‘Ok, vamos almoçar com ela’ e então de última hora eles falavam: ‘Oh céus, ela teve que cancelar.’”
Conversamos sobre outros diretores com quem ela gostaria de trabalhar. “Eu adoraria trabalhar com Wes Anderson; adoraria trabalhar com Tarantino. Meu Deus, são tantos. David Lynch, Tim Burton seria bem legal, os irmãos Coen, mas aí tem os que não estão mais fazendo filmes, como Truffaut…”
“Em grande parte eu sigo meu coração quando o assunto é fazer filmes, e eu espero fazer muitos mais e ampliar as coisas. Eu tenho uma sensação de que não será uma história linear, julgando pela forma que as coisas têm ido.”
Intuição é imperativo. “Sim, é verdade, e eu acho que você consegue ver em um filme quando realmente sabe que alguém está sendo sincero e, sério, mais na escrita ou em uma pintura, você consegue perceber quando algo não está certo, quando parece forçado, um pouco fora dos trilhos. A arte é emotiva e carrega uma energia não importa o que o ponto médio é. Eu acho que quando você é honesto e se você está passando por algo que se relaciona com seu trabalho, então isso é lindo.”
Johnson aprendeu muito com a sua avó Tippi Hedren, que estrelou no filme de Alfred Hitchcock, Os Pássaros. “Ah céus, ela me inspira tanto. Eu estava com ela ontem à noite, na verdade. Ela sabe a hora certa para as coisas e é incrível. Eu estava perguntando a ela o que ela estava fazendo e antes de eu terminar ela já começou a me responder, porque ela achou que seria engraçado, e realmente foi. Ela me inspira mais como um ser humano do que algo relacionado aos filmes.
Ela falou muito sobre sua filme e há dois filmes sobre sua vida com Hitchcock. Minha irmãzinha começou a filmar algumas coisas com ela e fazendo pequenos clipes.”
Hedren ficará orgulhosa, eu acho, da capa de sua neta para nossa revista, o que mostra, sem vergonha alguma, a realeza de Hollywood, vestido Gucci de seda cor vermelho-sangue, claro, e sapatos de salto brancos da Givenchy. Ela ri: “Meu Deus, é muito engraçado. Foi divertido de se fazer, muito, muito glamuroso. Foi no final de uma longa semana e eu fiquei muito feliz com os resultados. A fotógrafa, Emma Summerton, é tão incrível, tão talentosa, realmente incrível de se trabalhar; foi um grande prazer.”
Sim, ela é uma grande garota Gucci. “Bem, eu sou o rosto da fragrância [Gucci Bloom], então sim! É ótimo trabalhar com uma marca tão criativa.” E então nós conversamos sobre a criatividade de Alessandro Michele: “É uma coisa linda de se ver. É ótimo quando alguém chega com uma visão totalmente diferente e é aceita, encorajada e apoiada. E eu amo sua jornada.”
A próxima parada para a jornada de Johnson é checar se aquela aranha deixou sua casa viva. Viúva negra ou não, ela é só coração. Não espere menos.
Maus Momentos no Hotel Royale chega aos cinemas dia 12 de Outubro; Suspiria chega dia 08 de Novembro.
Dakota Johnson concedeu uma entrevista exclusiva para a revista Vogue Italia. Como sempre, nossa equipe já traduziu o bate-papo completo, leia abaixo:
A sedução mais ousada é a que deixa campo para a imaginação. DAKOTA JOHNSON sabe disso, transgressiva e perturbadora no cinema, e musa de Mario Testino no set da campanha da Intimissimi.
Dakota está pronta para o clique da máquina fotográfica, radiante no vestido vermelho que escolheu de seu guarda-roupa pessoal para o ensaio com o fotógrafo Mario Testino. No set da campanha #InsideAndOut da Intimissimi, a lingerie está lá, mas você não pode vê-la. Escondida surpreendentemente com a ideia de provocar a imaginação daqueles que olham, elas dão força à personalidade das mulheres que as vestem. Um fascinante exercício perceptivo, um pouco explícito, que o próximo trabalho de Dakota no cinema, começando por “Cinquenta Tons de Liberdade” – o último da saga, estreando no Dia dos Namorados – onde a atormentada Anastasia Steele se casará (com Sr. Grey, é claro) e enfrentará sexo em novos tons, também exige. E então, no remake do filme de terror “Suspiria”, dirigido por Luca Guadagnino – chega aos cinemas na primavera e promete ser mais aterrorizante e perturbador do que o original – onde ela interpreta a bailarina Susy Benner.
O que significa para você ser sexy?
Nestes tempos, acho difícil encontrar a sensualidade e a feminilidade comunicadas de maneira interessante, isso me atrai de formas que inspiram respeito e suscitam emoções únicas. Essa campanha corajosa da Intimissimi fala de mulheres reais e se concentra no interior delas.Você já modelou para Testino no passado.
Sim, na minha primeira capa da “Vogue”. Eu estava muito cansada, mas Mario sempre é engraçado e livre. Quando fui modelo, eu era muito nova, talvez até demais. Me lembro de não sentir nada além da sensação dos cinco mil watts iluminando e amplificando meu corpo desajeitado e minhas inseguranças.Após “Fifty Shades”, a veremos no remake de “Suspiria”. Como foi no set, entre Varese e Berlim?
Foi uma experiência incrível com a intensidade do trabalho, o talento do elenco e simplesmente o assunto. Este filme entrou na minha vida aos 10 anos: eu estava em Cesenatico [Itália], e vi o cartaz da bailarina com a cabeça cortada. O impacto foi esmagador. E, no entanto, o tempo todo, ouvi minha alma em chamas.Seu sentimento por Luca Guadagnino é algo declarado.
Bem, o relacionamento de amizade e profissional que me liga a ele é algo que eu pensei que poderia existir apenas em sonhos.Você tem um objeto fetiche?
Eu viajo muito e, muitas vezes, tenho que dormir em camas estranhas. Eu sempre uso um cobertor de caxemira do The Elder Statesman que minha melhor amiga bordou para mim.
Fonte | Tradução: Laura M.
Nossa equipe legendou o vídeo dos bastidores do ensaio fotográfico para a revista Vogue, assista:
Que amor! ? Recentemente, Dakota entrevistou sua avó, Tippi Hedren, para a edição de dezembro da revista Vogue UK, a qual foi capa em fevereiro deste ano. Confira abaixo a entrevista traduzida e os scans logo após:
Dakota Johnson parece estar em um leve estado de choque ao se aproximar da casa de sua avó, Tippi Hedren, na Reserva Shambala – casa de leões e outros gatos grandes que Hedren fundou nos anos 70 na região selvagem de Los Angeles, escreve Tim Walker. É a primeira vez que Johnson visita desde que houve um incêndio na propriedade no verão norte-americano, deixando fileiras de troncos de árvores carbonizados próximo às jaulas.
“É tão estranho para mim,” ela diz, olhando para a cena apocalíptica atrás do volante de seu Audi SUV. Ainda assim, os gatos e a casa de Hedren permanecem ilesos, e a atriz de 86 anos recebe sua neta parecendo equilibrada e elegante como sempre, usando uma blusa preta, estampada e sem manga, e um simples colar de diamantes dado por sua filha, mãe de Johnson, Melanie Griffith – o elo ausente nessa dinastia da atuação em três gerações.
Johnson cumprimenta Hedren com afeição a chamando de Mormor, palavra sueca para “vovó”. Usando uma camiseta branca, jeans azuis e um cinto da Gucci, a estrela de Cinquenta tons de cinza, 27 anos, entrega os presentes que ela trouxe: uma bolsa de mão da Marc Jacobs e óculos de sol. “Esses são ótimos! Eu deixei o outro [óculos] na casa de sua mãe,” Hedren, diz, os experimentando – e mostrando, enquanto faz isso, suas longas unhas douradas. A antiga (e famosa) loira de Hitchcock, hoje possui cabelos grisalhos e curtos.
O gato de estimação de Hedren, Johnny Depp, perambula pela cozinha. Ele não pode sair para fora de casa, para o caso de chegar perto de uma das jaulas dos gatos maiores, a mais próxima, casa de uma tigresa de 13 anos chamada Mona, estando a 3 metros da sala de jantar, que não está à vista quando Hedren e Johnson se sentam para almoçar. “Eu não tenho olfato e paladar mais, então não me importo com comida,” diz Tippi. “Eu tive duas quedas e bati minha cabeça no mesmo lugar, o que afetou meus nervos olfativos. Aconteceu há mais de 10 anos atrás.” “Mas você ama chocolate…” diz sua neta. “Sim, mas isso é porque eu amava chocolate antes. É perigoso não poder sentir cheiros, no entanto, porque não posso inalar fumaça. Tive que ter os aparelhos à gás removidos da casa!”
Foi com Noel Marshall, o segundo de seus três esposos, que Hedren passou grande parte dos anos 70 fazendo seu filme Roar. O seu projeto de paixão compartilhada – frequentemente referido como “o filme mais perigoso já feito” – Roar teve como destaque 150 animais selvagens não-treinados. Cerca de 70 membros da equipe, incluindo Griffith e Hedren, foram feridos durante a produção, o que levou à criação da Reserva Shambala.
A própria casa é um lar móvel, na qual Hedren adicionou várias extensões ao longo dos anos. “Eles a trouxeram sobre rodas,” ela diz. “Eu nunca vou esquecer do dia que ela desceu a colina.” Dentro, as paredes estão cheias de fotos de sua família e dos gatos grandes da Shambala, enquanto as prateleiras estão cheias de livros que refletem suas múltiplas carreiras: livros sobre moda, sobre a África e seu estilo de vida selvagem. Agora, Hedren colocou suas memórias juntas em seu próprio livro, um memoir que começa na sua infância e na sua carreira de modelo nos anos 50 em Nova Iorque.
Dakota Johnson: Mormor, como a senhora começou a modelar?
Tippi Hedren: Eu estava andando pelas ruas de Minneapolis quando tinha 18 anos, e uma mulher me parou, me deu seu cartão e disse: “Você poderia dar isso à sua mãe e pedir para ela te levar para a loja Donaldson? Nós gostaríamos que você modelasse em nossos desfiles nos sábados de manhã.” Eu pensei, que divertido!DJ: Eles tinham desfiles toda semana?
TH: Sim. Nós vivíamos em um subúrbio chamado Morningside, e todo sábado eu ia para a cidade. As roupas eram bem anos 40: saias xadrez com suéteres de caxemira, meias que iam até o tornozelo e mocassins. Era fofo.DJ: O que está usando hoje?
TH: Minha blusa não é de nenhuma marca cara mas é bonito. Sua mãe me deu o colar. Os brincos de pérola os tenho há anos. Eu raramente perco as coisas, então se não quebram eu fico com elas. Meu estilo é meio elegante e simples. Nada chocante, nada extravagante.DJ: A senhora já havia ido à Nova Iorque antes de se mudar para lá?
TH: Eu trabalhei em Minneapolis por um bom tempo, mas Nova Iorque estava sempre dizendo “Yoo-hoo!” Nova Iorque é o lugar para estar se quiser ser uma modelo. Eileen Ford, da Ford Models, me disse para mandar à ela minhas fotos, o que eu fiz, então ela me ligou para dizer, “Venha para Nova Iorque.” Eu tinha dinheiro o suficiente para ir para lá, e fiquei sentada em um trem por três dias! E então o suficiente para me manter por uma semana no Barbizon Hotel for Women.DJ: Parece The Bell Jar! Como foi chegar em Manhattan pela primeira vez?
TH: Eu estava morando em Minneapolis, então não estava com medo de estar em uma cidade. Mas até então, não acho que já tive medo de alguma coisa, realmente. Modelos de Nova Iorque eram chiques, metódicos, profissionalistas. E eu não sou muito alta. Mas Nova Iorque foi divertido, eu estava aprendendo muito sobre roupas e absorvendo o que podia. Eu não sei quantos ensaios fotográficos para capas de revistas eu fiz, especialmente para a Seventeen. Eu ainda tenho um baú cheio delas.DJ: A senhora sempre foi afiada em moda? Quais eram seus sonhos quando era nova?
TH: Eu queria ser uma patinadora – há 10 mil lagos em Minnesota – mas meus pais não tinham dinheiro suficiente para me colocar em aulas. Eu costumava assistir às lições dos meus amigos, então iria a um dos pequenos lagos da vizinhança, e praticava e praticava.DJ: Sua mãe apoiava a senhora modelando?
TH: Sim. Nós éramos Luteranos, e nossos pais ensinaram para mim e minha mãe morais fortes, e eu senti que pudesse lidar com qualquer “situação” que viesse – e eu lidei. Lidei com muita coisa. A primeira coisa que fiz quando cheguei em Nova Iorque foi procurar uma igreja Luterana próxima de onde eu morava. Em Los Angeles, eu ensinava sobre religião domingo.DJ: Como conheceu Pop-Pop [avô de Dakota, Peter Griffith] em Nova Iorque?
TH: Me pediram para fazer um papel pequeno na TV, e Peter era um dos atores.DJ: Não podemos escapar de atores na nossa família. Estão em todo canto.
TH: Eles ainda estavam saindo da carpintaria. Nós estávamos trabalhando em um set com um palco e eu caí e machuquei minha canela, e Peter veio para me salvar, sendo assim como tudo começou.DJ: Como foi quando a senhora descobriu que estava grávida?
TH: Estava animada. Nós vimos para a Califórnia e fomos para o México, nos casando um anos e meio depois de nos conhecermos.DJ: Não é diferente de como minha mãe e meu pai [ator Don Johnson] se casaram pela primeira vez. Talvez eu deveria continuar com a tradição e me casar secretamente com um homem semi-adequado? Se não funcionar, caso de novo com outra pessoa!
TH: Peter e eu tivemos outro casamento em uma igreja Luterana em Long Island. As fotos são muito fofas: eram como duas crianças se casando. Ele tinha 19 anos e eu 22.DJ: E mamãe se casou aos 18 anos. É melhor eu por a mão na massa! Quantos anos mamãe tinha quando a senhora se casou com Noel [Marshall, segundo esposo de Hedren]?
TH: Ela ainda era uma garotinha.DJ: Ela ainda é uma garotinha.
TH: Ela sempre será minha garotinha. Mas ela cresceu para ser uma mulher poderosa e magnífica.DJ: Mamãe tinha 14 anos e papai 22 quando eles se conheceram e se apaixonaram, e aí acabou. A senhora não ficou muito feliz com isso, ficou, Mormor?
TH: Não! Aqui está esse jovem ator, o mais charmoso e bonito possível – ele tinha tudo. E minha garotinha envolvida com aquilo? Era pedir demais. No entanto, ela é muito intencional. Ela casou em segredo, também…DJ: Em Las Vegas.
TH: Eu lembro exatamente onde estava quando descobri. Nós tínhamos um telefone na parede do lado da escadaria na nossa casa e eu recebi essa ligação: “Oi, mamãe! É Melanie. Estou com Don. Adivinha? Acabamos de nos casar!” E eu gritei: “Ah, não!”DJ: Somos todas teimosas. Quantos anos a senhora tinha quando parou de modelar?
TH: Trinta e um. Eu modelei por mais tempo do que muitas modelos por aí. Eu estava ficando mais velha, então eu comecei a fazer comerciais de televisão. Eu recebi uma ligação numa sexta-feira, dia 13 de outubro de 1961, de um homem perguntando se eu era a garota do comercial da Sego e eu disse, “Sim, por quê?” Ele disse que alguém estava interessado em mim, mas não podiam me dizer quem. Finalmente, admitiram que era Alfred Hitchcock que queria assinar um contrato comigo. Estar sob contrato com Hitchcock era excitante. Mas quanto mais tempo levava, mais controle ele queria. E nós não somos aquele tipo de pessoa – não controlamos bem.DJ: Não mesmo. Não nesta família. O quão drasticamente e rapidamente o relacionamento mudou?
TH: Foi um período longo de tempo, o que me permitiu fazer Os Pássaros e Marnie. Mas quando as demandas de Hitchcock se tornaram insuportáveis, eu disse que queria quebrar o contrato. Suas últimas palavras para mim foram: “Eu vou arruinar sua carreira.” Eu disse: “Faça o que tiver de fazer,” e bati a porta na cara dele. E eu realmente bati! Ele me manteve sob o contrato por dois anos, me pagando $600 dólares por semana. Ele era tanto miserável quanto um bastardo ruim.DJ: Tudo é tão público agora. Não há muito espaço para ser sorrateiro ou imoral.
TH: Ele era mestre nisso. Houve um tempo que ele queria me fazer sentir ciúmes, então contratou outra modelo e a colocou sob um contrato. Quando perguntei quem era, ele disse: “Claire Grisworld.” Eu disse: “Claire? Ela é uma grande amiga minha! Trabalhamos juntas em Nova Iorque! Mal posso esperar para vê-la!” Ele ficou desanimado porque não fiquei verde de inveja. E então do nada ela foi embora porque ele disse que ela não poderia ter filhos enquanto estava sob contrato com ele.DJ: Mas a senhora foi ao funeral dele?
TH: Fui, porque conhecia os dois lados daquele homem: o que ele fez, e quem ele era na indústria cinematográfica ficará na memória para sempre.DJ: Como foi trabalhar com a costumier Edith Head?
TH: Trabalhar com a Edith foi maravilhoso para mim. O que eu aprendi com ela mais do que tudo era como ela manipulava brilhantemente os produtores e diretores em amar o que ela fazia. Ela os fazia pensar que as ideias dela eram deles. Eu fiquei cansada sim daquele traje verde que usei em Os Pássaros; eu tinha seis deles! Mas em Marnie, o vestido branco que usei quando fui pega roubando [no filme] era meu favorito. Eu senti que tinha 1,80m o vestindo.DJ: Como se sentiu quando ficou famosa? A senhora era reconhecida na rua?
TH: Em algumas ocasiões havia pessoas correndo atrás de mim na rua. Acho que o fato de eu ter uma imagem elegante significava que todos me tratavam assim, o que era legal. Eu aprendi a nunca sair sem colocar rímel.DJ: A senhora me ensinou como colocar rímel. Acho que meus cílios são seus.
TH: Acho fabuloso que você e Melanie são atrizes. Eu não sugeri isso à ela; ela só veio até mim um dia e disse: “Mamãe, eu vou estar em um filme!”DJ: Eu cresci nos sets. Pensei, “Isso é o trabalho deles; isso é no que eu vou trabalhar.” Você já se apaixonou com algum de seus colegas de elenco?
TH: Não.DJ: Nem um pouquinho?
TH: Talvez com Sean [Connery], um pouquinho. Mas eu disse para mim mesma: “Tippi, não se envolva.” E não me envolvi. Ele era um ótimo cavalheiro. E provavelmente falaram para ele: “Você não vai tocar na garota.” Isso é o que Hitchcock diria. Trabalhar com Charlie Chaplin foi incrível. Eu estava livre do meu contrato com Hitchcock quando recebi a ligação para A Condessa de Hong Kong. Charlie dirigiu por encenar todos os nossos papeis diferentes. Marlon [Brando] queria sair porque ele era totalmente contra seu método de atuação. Para ele, ter Charles Chaplin fazendo seu papel era insultante. Mas eu amei: achei maravilhoso ver Charlie. Marlon e eu nos divertimos. Ele achou que devíamos ter um caso, e eu disse: “Bem, eu não acho que vai acontecer.” Eu não faço isso com meus protagonistas masculinos.DJ: Então, Neil foi seu primeiro leão?
TH: Sim. Seu dono era Ron Oxley, que estava encarregado de achar os animais para Roar. Durante um ensaio fotográfico para a revista Life, Neil saltou sobre o corrimão do patamar e bateu na mesa de jantar. Sua perna superior bateu no meu prato e tudo da mesa caiu sobre mim. As taças de vinho… tudo! Eu considerei os de estimação primeiro, mas quando chegamos aos filhotes de leão – ah, Deus, eles eram tão fofos! Mas, cara, você não pode arriscar em quando esses instintos vão surgir. Um dos leões me mordeu na cabeça quando estávamos filmando para Roar.DJ: Mormor, a senhora fez tantas coisas em sua vida – o que ainda quer alcançar?
TH: Eu só espero para o que vai acontecer em minha vida. Eu sou conduzida em direções que eu acho mais e mais interessantes ao passar dos anos. Fico maravilhada olhando para trás em quais portas foram abertas para mim e as que eu escolho passar.
Fonte | Tradução: Laura M.