Há uma citação do poeta persa do século XIII, Rumi, que acompanha Dakota Johnson enquanto ela navega nos primeiros anos de gestão de sua produtora: “Além das ideias de transgressão e correção, existe um espaco. Eu te encontro lá.”
Quando perguntada sobre quais tipos de filmes a TeaTime Pictures está procurando produzir, é para Rumi que Johnson retorna: “Não há credo. Não há mandato. Não é como se fizéssemos apenas um tipo de filme com um tipo de pessoa. Existem tantos mundos e pessoas diferentes dentro da minha mente e no meu coração que eu quero poder amplificar”, disse ela em uma conversa moderada pela editora associada Jenelle Riley no Variety Entertainment Marketing Summit apresentado pela Deloitte.
Johnson co-fundou a TeaTime com a ex-executiva de desenvolvimento da Netflix Ro Donnelly em 2019 e trouxe a ex-vice-presidente da Boat Rocker Katie O’Connell como parceira em 2021. Ao discutir o objetivo da TeaTime de buscar histórias que lutam para serem produzidas em outros lugares, O’Connell compartilhou uma história sobre trabalhar com Zoe Lister-Jones para definir a próxima série de comédia Slip no Roku.
“Eu disse a Zoe: ‘Você deveria fazer algo divertido e legal. O novo ‘Sex and the City’ acabou de sair – escreva algo mais jovem!’” disse O’Connell. “Zoe ficou tipo, ‘Eu [já] escrevi. Eu escrevi sete episódios. Mas ofereci em todo canto. Ninguém quis.’”
A série acompanha uma mulher de 30 e poucos anos que se sente inquieta em seu casamento, mesmo que esteja indo bem, e viaja por universos paralelos enquanto tenta se encontrar. O’Connell imediatamente se sentiu obrigada [a produzir], então a TeaTime trabalhou para oferecer o programa para os distribuidores restantes que ainda não sabiam. Agora, Slip é a primeira série de TV produzida pela TeaTime.
“As pessoas com quem os estúdios têm medo de fazer filmes porque são muito honestas ou muito ousadas ou muito reais, é com esse tipo de pessoa com quem eu quero trabalhar”, acrescentou Johnson. “Somos ferozmente protetores da alma do projeto do artista. Eu sinto que deve haver uma prateleira de cemitério onde todos os grandes roteiros vão. Isso acontece o tempo todo – eu já li roteiros e fiquei tipo, ‘Essa é a coisa mais linda que eu já li’, e então nunca foi feito”.
Johnson diz que parte da razão pela qual ela começou o TeaTime foi porque com muitos dos filmes que ela estrelou, ela só consegue assisti-los junto com o público final. Como resultado, ela ainda está desenvolvendo sua confiança como produtora.
“Há algo tão dividido sobre isso. Esse não é o meu processo completo como artista”, disse ela. “Eu queria estar em sessões de edição. Eu queria estar envolvida na partitura, na coloração.”
“Muito da minha visão para a TeaTime é puramente emocional. Vem do meu coração. Não tenho os relacionamentos que Katie construiu ao longo de sua carreira. Eu não posso ligar para o chefe de um estúdio e dizer: ‘Você deveria comprar meu show’, mas ela pode!”
“Sim, ela pode”, O’Connell riu. “Ela 100% poderia e deveria. Nós venderíamos mais shows.”
“Tudo bem, eu vou! Vou ligar para Jen Salke hoje!” Johnson disse, referindo-se a chefe da Amazon Studios.
Ela também está pensando em ficar na cadeira do diretor.
“Há um roteiro de um escritor que é uma daquelas coisas em que poderíamos tê-lo mantido e lançado”, disse O’Connell. “Mas parecia que a maneira mais legal de fazer isso, e mais ressonante, era apenas filmar. Estávamos sentados ao redor desta mesa na casa dela falando sobre ‘Você deveria dirigir!’”
“A ideia de outra pessoa dirigir isso me deixou muito, muito enciumada”, disse Johnson.
Fonte | Tradução: Equipe DJBR