Estava praticamente escrito nas estrelas que Dakota Johnson seria uma atriz bem sucedida, já que ela é filha das lendas de Hollywood, Don Johnson e Melanie Griffith.
A estrela de 30 anos teve seu apogeu na franquia Cinquenta Tons e desde lá estrelou Como Ser Solteira. Seu último filme é uma comédia de conforto chamada The High Note, Dakota interpreta Maggie, uma assistente de uma pop star que deseja ser mais que isso.
Apesar de seu contexto ter significado o incentivo a seu talento, isso não a fez confortável com a fama ou com o interesse em sua vida particular. Embora ela esteja namorando o vocalista do Coldplay, Chris Martin, há 3 anos, ela nunca postou nenhuma foto dos dois em redes sociais. “Eu sou sortuda e ao mesmo tempo acho difícil”, diz ela sobre sua complicada relação com estar diante dos olhos públicos.
No entanto, ela não mantém tudo privado. Ela já dividiu com seus fãs sua batalha com questões de saúde mental. “Eu tenho depressão desde nova, desde que eu tinha 14 ou 15 anos” ela continua, “Mas eu aprendi a achar isso lindo, porque eu sinto o mundo. Acho que eu tenho várias complexidades, mas elas não saem de mim”.
Aqui Dakota nos dá uma pequena amostra de sua vida…
É uma decisão consciente não dividir muito sua vida nas redes sociais?
Sim, é muito mais importante pra mim manter minha privacidade e minha vida pessoal do que fazer marketing comigo mesma. Eu valorizo minha vida. E também valorizo minhas amizades e às respeito. Eu não preciso me exibir na internet.
Essa decisão de se manter distante das redes sociais foi resultado de uma experiência ruim?
Um pouco. É muito difícil quando todo mundo tem uma opinião sobre a sua vida pessoal. É complicado lidar com isso. Por essa razão, o máximo que conseguir me manter longe, eu irei.
Sua mãe te deu algum conselho sobre manter as coisas privadas?
Não. Minha mãe é muito ativa no instagram e minha vó também (atriz Tippi Hedren). Elas não têm esse problema, eu tenho. É só comigo.
A fama é algo que você gosta de alguma maneira?
Tem um aspecto do meu trabalho que é parte disso, então eu respeito e sou grata pelo sucesso da minha carreira até agora. Eu ao mesmo tempo sou sortuda e acho complicado.
Como você lida com a negatividade na indústria?
É bem difícil. Acho que se torna mais fácil quando você sai do caminho porque a fama é como um barulho de mosquito nos fundos. Meus pais eram pessoas famosas, mas era um tipo de fama muito diferente na época. Era muito física. Era muito barulhenta.
Como é a fama agora?
Naquela época, eu ia lugares públicos com meus pais e as vezes era assustador, mas agora é mais uma incógnita. Redes sociais são traiçoeiras. É muito diferente, é difícil mudar sua cabeça e normatizar isso de alguma forma porque não é normal.
Qual conselho seus pais te deram sobre fama?
Pra ser sincera, acho que eles também estão tentando descobrir.
Por que você quis participar de The High Note?
Quando eu li o roteiro, meu coração acelerou e eu dei risada. Eu achei perfeito, e realmente queria ver um filme com uma mulher no centro. Minha personagem é um ótimo modelos pra meninas jovens. Ela nunca desiste.
Você e Trace Ellis Ross (colega de elenco e filha de Diana Ross) se identificaram por terem pais famosos?
Nós definitivamente nunca falamos sobre isso. Tem muita coisa que você pode dizer sem falar nada quando se trata de se identificar com alguém que cresceu com pais famosos ou, no caso dela, um ícone. Acho que, definitivamente, nós nos reconhecemos um pouco. É muito complicado, mas saber que tem alguém que entende um pouco de como a vida é, é uma sensação maravilhosa.
O que você tem de semelhante com sua personagem?
Eu me identifico com a ambição, a personalidade boba e com seu amor pela música. Eu amo música. Na verdade, eu quase amo mais música do que amo filmes. Eu amo de um jeito puramente emocional. Quando eu assisto um filme, eu estou estudando, eu estou analisando, eu estou aprendendo.
Como você se preparou para esse papel?
Eu aprendi a tocar 4 das canções do filme no Piano. Eu fiz aulas de piano quando criança, mas não tinha praticado desde dessa época, então tive que reaprender. Eu também passei um pouco de tempo com minha amiga Anne Clark, que é uma música que tem como nome artístico St. Vincent. Eu copiei vários hábitos que ela tem no estúdio.
Você também canta no filme?
Eu não gosto de cantar. Eu canto pra mim mesma no carro e é isso. Já cantei um pouco em um filme que gravei logo antes desse, eu tinha que cantar pra uma comunidade teatral e foi a coisa mais assustadora que eu fiz na vida. Acho que fazer aquele filme me salvou porque eu superei com muita terapia. Fiz mais aulas de canto pra essa filme, também.
Você tem um grupo grande de amigos que você pode contar?
Eu não tenho um grupo grande de amigos, mas tenho amigos que eu gosto de cuidar. As que estão na minha vida e que eu amo, eu as amo intensamente. Eu quero que as pessoas se sintam completamente amadas.
O que você gosta de fazer quando não está trabalhando?
Eu gosto de dormir. Gosto de ficar com minha família. Eu amo o oceano e amo coisas aconchegantes, como assistir filmes, ler livros e aprender.
Como você cuida da sua saúde mental na quarentena?
É tudo sobre cuidar de si mesma e entender que os sentimentos vão embora tão facilmente quanto chegam. É importante ser gentil com si mesma. E deixar todas as sensações entrarem, porque é impossível que esses tempos sejam fáceis pra todo mundo o tempo todo.
Tradução – Ana Luiza