A seguir, confira a matéria que a revista espanhola MujerHoy fez sobre A Bigger Splash e Dakota e, logo após, os scans.
A doce e sensual Dakota;
Apesar de seu rosto angelical e aparência pura e calma, Dakota Johnson tornou-se, há um ano, um ícone sexual. A filha tímida de Melanie Griffith e Don Johnson entrou na pele de Anastasia Steele, a protagonista de Cinquenta Tons de Cinza, e causou um rebuliço em Hollywood. O filme teve várias críticas negativas, assim como uma alta bilheteria (mais de 500 milhões), mas ajudou Dakota a se tornar, aos 25 anos, a nova atriz da moda.
Mas, naquele momento, quando seu nome estava na boca do povo, ela surpreendeu a todos com suas próprias palavras, mostrando a pessoa pé no chão que é, e quem esperou por uma atriz extravagante, se decepcionaram. Porque, se tem uma coisa que Johnson sabe, é que por trás de estrelas se escondem pessoas, com suas virtudes e defeitos.
Ela é neta de um mito chamado Tippi Hedren – “a minha pessoa favorita no mundo,” ela confessa, – e cresceu sabendo que ela seria uma estrela de cinema “porque eu não conseguiria fazer mais nada.” Ela sabia disso desde sua infância, antes mesmo de sua estreia nas telonas aos 10 anos como filha de sua própria mãe em Crazy in Alabama, sob o comando de Antonio Banderas, seu padrasto a desde os quatro anos.
Sua mãe a proibiu de atuar novamente antes de se formar no ensino médio e ela cumpriu sua palavra. Estudou em um internato católico na Carolina do Norte, onde ela assegura que passou os piores dias de sua infância. Então, cursou seus últimos anos de escola em um colégio particular em Santa Monica, onde Kate Hudson e Gwyneth Paltrow também estudaram.
Voltamos a ouvir dela no Globo de Ouro em 2006, quando foi eleita Miss Globo de Ouro, um prêmio da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood à filha de uma estrela. Dakota foi a primeira mulher de uma segunda geração que o pegou (sua mãe recebeu um em 1975). Mas, nós não a vimos em filmes até 11 anos após Crazy in Alabama, quando ela estrelou em A Rede Social. Sim, ela deletou seu perfil no Facebook porque não se sentia confortável em redes sociais.
Um presente com muito futuro;
Apesar da maioria de seus filmes terem uma certa presença midiática, Dakota diz que não almeja fama e que não espera se acostumar nunca. “Se você se acostuma, creio que tem um problema sério,” diz ela. É claro que cinema é seu presente e seu futuro, embora ela saiba que daqui umas duas décadas não será tão fácil de encontrar trabalho. “Eu me pergunto o que aconteceu com essas atrizes com quem eu cresci,” ela refletiu recentemente, acrescentando que a indústria cinematográfica é brutal com as mulheres porque ela esquece das grandes atrizes, como sua mãe, depois de uma certa idade.
Mesmo que este esquecimento a afetará, Dakota ainda tem muito o que fazer. Prova disso é que, desde que Cinquenta Tons de Cinza fez sua carreira avançar, ela não parou de pegar projetos. Ela teve a vantagem de crescer cercada de atores, diretores e produtores, mas ela ganhou um lugar na indústria por mérito próprio, colocando o público e os críticos em seu bolso. E aqueles que dirigiram filmes em que ela estrelou, dizem que ela é fascinante.
Luca Guadagnino não é exceção. Ele a define como uma artista “fabulosa”, e a admiração é mútua, pois Johnson diz que a visão do cineasta italiano é diferente de qualquer outro: “Ele é um homem mágico. Quando nos conhecemos, ele estava andando com as mãos atrás das costas. Eu sempre achei interessante homens que caminham assim, é como se eles estivessem pensando constantemente. Foi uma espécie de amor à primeira vista.”
Mesmo com essa conexão, nem tudo correu bem durante as filmagens de A Bigger Splash. Quando ela chegou à ilha de Pantelleria, a atriz pensou que não seria capaz de dar vida à Penelope, sua personagem, descrevendo-a como uma garota muito jovem, consciente de sua sexualidade e sem medo do poder que isso lhe traz. “Eu senti que não houvesse tempo suficiente. Foi dado à mim o presente de interpretar uma personagem insana e eu achei que a arruinaria. Quando li o roteiro, tentei não chorar. Eu disse: ‘Desculpe, eu não consigo fazer isso’. Então, Ralph [Fiennes], me chamou de lado para conversar. Depois, Tilda [Swinton]. Eles fizeram eu me sentir muito protegida e capaz de fazer isso. Então, voltei para Nova Iorque, juntei minhas coisas e voltei para a ilha,” ela disse.
Quando é questionada sobre a melhor parte das filmagens, Dakota respondeu que havia duas coisas especiais; trabalhar com um elenco tão talentoso e ser capaz de ver o laço de proximidade entre Luca Guadagnino e Tilda Swinton. “Eles me ensinaram a relação criativa que você pode ter com alguém. Eles estão conversando e constantemente criando, imaginando e mudando.”
Fonte | Tradução: Bárbara Silva e Laura Melo