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Na edição de fevereiro de 2016, Dakota é capa da revista VOGUE UK e a seguir você pode conferir a entrevista, o vídeo dos bastidores, assim como scans e outtakes em HQ!

“Eu achei que nós poderíamos ser apenas pessoas normais e jantar juntos.” Dakota Johnson está só tentando fazer planos para comer alguma coisa, mas isso inadvertidamente define o que a faz ser uma atriz tão singular. Ao mesmo tempo, uma de suas melhores amigas me diz sem artifícios, “Ela é uma pessoa muito real em um mundo irreal.”

Poderiam supor que seria o oposto para a filha da realeza de Hollywood (sua mãe é Melanie Griffith e seu pai Don Johnson), mas ao invés disso ela é bem honesta. Hoje, ela também não está rodeada de publicistas e agentes. Seu “pessoal” deve ter muita confiança de que ela será um anjo politicamente correto e não falará mais do que deve.

“Eu sou teimosa, então eles desistiram de mim,” ela dispara de volta com um sorriso torto, seu cabelo preso em um penteado bagunçado, o rosto livre de maquiagem. E se uma questão surgir e ela não gostar? Ela ri e responde: “Eu vou ficar, ‘Não vou responder isso, filho da puta!'”

É o primeiro dia frio do inverno e nós estamos em um carro alugado passeando por West Side Highway a caminho de seu restaurante favorito em West Village, Manhattan, o curiosamente chique Cafe Cluny. Através da janela, nós podemos ver o sol se pondo, banhando Jersey City de rosa e amarelo.

Dakota atende uma ligação de sua avó, também atriz, a eterna loira de Hitchcock: Tippi Hedren. “Ah, oi, Monnor!” Dakota diz com ternura (o termo significa vovó em sueco).

A foto mais famosa de Hedren é dela com o cabelo loiro penteado para trás só que meio torto, espantando corvos bicando em seu rosto no clássico de 1963 de Hitchcock, Os Pássaros. Já a de sua mãe, Melanie Griffith, é provavelmente a foto dela aspirando sem blusa em Uma Secretária de Futuro, de 1988, comédia romântica feminina de Hollywood sobre o excesso da era Wall Street. Para Dakota, sua foto mais famosa é ser espancada como a submissa Anastasia, a culminação da garota que usa casacos curtos de lã emergindo da crisálida como uma submissa sensual no sucesso do ano passado, Cinquenta Tons de Cinza.

Mas Johnson se recusa a ficar congelada no âmbar como Anastasia (apesar de ter assinado para fazer ambas sequências). Ao lado de papeis principais em projetos a serem lançados, há também papeis coadjuvantes contundentemente bons em filmes pequenos e mais artísticos, o que ajuda a provar que ela é uma atriz profunda enquanto permanece poderosa.

“O tamanho de um papel não importa para mim,” ela insiste. “Eu não preciso ser a principal de um filme para querer fazê-lo. Eu tenho que amar o personagem.” Ela nunca teve aulas de atuação e não planeja ter. “Eu sempre quis fazer filmes,” continua. “Fazia sentido para mim. Eu assisti meus pais fazendo isso. Eu cresci nos sets de filmagem; era mágico. Não havia plano B. Era, na maior parte, instinto. Eu não tenho um processo.”

O que foi mais chocante para Cinquenta Tons: foi a falta de sexo no filme mas muita comédia. Foi deliciosamente péssimo e conseguiu $570 milhões em bilheteria.

“Eu tenho orgulho de Cinquenta Tons,” Dakota declara resignadamente, ainda desconcertada que as pessoas achavam que ela não teria. “Eu não preciso me distanciar disso. Quanto mais eu trabalho, mais o público em geral vê as coisas diferentes que posso fazer. Se eu acho que isso abriu portas? Sim. Mais pessoas sabem meu nome.”

Ela demonstrou sua ampla competência em Black Mass, no último ano, opondo Johnny Depp. (Sua avó ficou emocionada porque um de seus vários gatos domésticos se chama “Johnny Depp”). Dakota interpretou a namorada do gângster cruel Whitey Bulger, uma mãe abatida e quebrada com um filho que está morrendo, e tudo dito em um sotaque áspero de Boston. “Eu trabalhei com um treinador antes de gravar,” ela lembra. “E então fiquei ouvindo à distância as pessoas conversarem em cafés.” Sua performance superou seu tempo na tela (há sussurros de um aceno de melhor atriz coadjuvante no Oscar). Sobre sua aparência áspera, ela pensa, “Na vida real, eu não sou bonita o tempo todo. Ninguém é. Eu amo filmes que são honestos… isso é o que me excita.”

Enquanto esse foi apenas um papel pequeno, seu próximo filme, que estreia dia 12 de fevereiro nos EUA, é outra reviravolta após Cinquenta Tons – a anti-comédia romântica How to be Single. Ela está sendo lançada como o próximo sucesso de comédia de damas de honra.

“Eu interpreto o ‘homem direito’,” diz Dakota, que estrela ao lado de Rebel Wilson como sua melhor amiga. “Nossa dinâmica estranhamente me lembra de Jennifer Saunders e Joanna Lumley em Ab! Fab – uma dupla cômica inesperada,” diz Wilson, ligando de Los Angeles. “Ela é uma atriz natural. Sendo a principal, ela faz o filme ser muito mais interessante e legal.”

O filme é co-escrito e produzido por uma das amigas mais próximas de Dakota, Dana Fox. Elas se conheceram no set da curta série de comédia Ben & Kate, com Dakota, 21 anos na época, sendo a mãe solteira e personagem principal com uma filha de 5 anos. Fox ficou surpresa com o quanto a atriz era pé no chão, devido à seus antepassados e vocação. Dakota estava no hospital quando Fox deu a luz ao seu primeiro filho (e assistiu a circuncisão). “Uma vez que você tem essa proximidade,” Fox acrescenta, “ela não está de brincadeira!” Sobre seu talento, ela continua: “Ela não tem medo de tentar coisas estranhas; de arremessar e errar. Às vezes erra, mas quando acerta, ela realmente acerta.”

Finalmente chegando ao restaurante, Dakota tira seu sobretudo de lã da Gucci. Um pássaro verde e vermelho voando, iridescente com fios de prata, está bordado nas costas. “Eu sou uma grande fã de Alessandro Michele,” ela fala sobre o diretor criativo da marca. “Ele é insanamente talentoso.” Dakota estava na primeira fila do desfile da Gucci na última estação e se sentou ao lado de Michele no jantar oficial depois. Ela parece ter se tornado a musa da marca e tem vestido ela em eventos.

Ela senta em uma mesa e pede salmão com palmito e chá de hortelã-pimenta. Ela é naturalmente fala mansa e o grupo de mulheres barulhentas em uma mesa adjacente quase engole nossa conversa. Mas a falta de volume de Dakota não implica timidez mas parece uma forma de não atrair atenção para ela mesma. Ela exala confiança discreta, é conversadora e aberta, mas também experiente e rápida. Ela cresceu na bolha midiática e sabe como navegar nela.

Ela fica feliz em falar sobre Nova Iorque, uma cidade em que ela se apaixonou depois de se mudar em março. “Eu cheguei, estupidamente, poucas semanas depois que Cinquenta Tons foi lançado,” ela diz. “Eu tinha terminado de promovê-lo e entrei em um apartamento vazio em uma cidade para onde tinha acabado de me mudar. Minha família não estava aqui; eu não tinha um sofá, uma cama e nem nada disso. Seria legal ir para casa em um ambiente onde eu me sentiria confortável. Mas foi bom ao mesmo tempo, eu tive que me ajustar rapidamente e me afirmar.”

Às vezes, olhar para ela pode ser inquetante. Quando ela inclina sua cabeça para um lado, ela parece muito Melanie Griffith, a epítome da beleza americana e de face redonda. Mas quando ela se virou para procurar pela garçonete, ela lembra sua avó, um encanto europeu aristocrático.

“Minha avó é uma das mulheres mais extraordinária do mundo,” ela diz com admiração. “Ela é mais perspicaz e inteligente do que qualquer pessoa que eu conheça.” Hedren, que tem 85 anos, é uma ativista em prol dos animais e tem uma reserva para tigres e leões no seu rancho perto de Los Angeles. Dakota sorri largamente: “Ela ainda anda pela reserva à noite e checa os tigres.”

Dakota cresceu em Woody Creek, Colorado, com Griffith e Johnson. “Eu trabalhava na loja local e fazia serviços estranhos como lavar cavalos e ser babá,” ela diz. Quando seus pais se separaram em 1996, ela dividiu seu tempo entre Colorado, onde seu pai permaneceu, e em LA com sua mãe e novo padrasto, o ator Antonio Banderas. (Dakota fala espanhol fluentemente).

Griffith e Banderas divorciaram em 2014, mas a dinâmica familiar, por mais que estendida, parece ser ao todo amigável. Há pouco tempo ela foi às compras em East Village com sua meia-irmã Stella Banderas, uma estudante da Universidade de Nova Iorque.

Crescendo, ela disse que sua famosa família parecia mais normal em LA, mesmo que tivessem desafios em outros lugares: “Os amigos dos meus pais tinham filhos e nós entendíamos as vidas um do outro. Mas aí você vai para uma escola onde as pessoas não entendem isso, mas…” ela pausa. “A forma que eu cresci é a forma que eu cresci. Eu não conheço outro jeito. Em LA há uma consciência maior de família de celebridades.”

Dakota é próxima de sua mãe e elas se falam com frequência. A visão de olho-mágico do público em seu relacionamento é miópico – um momento estranho e viral de tapete vermelho filmado no Oscar do ano passado onde Dakota foi apresentadora. Ela estava mortificada quando Griffith disse que nunca viu ou viria Cinquenta Tons.

“Eu não quero falar sobre aquilo porque é tedioso pra caramba,” Dakota diz. “Aquilo foi um momento entre mãe e filha completamente distorcido pela mídia.”

O acordo inicial de Johnson para Cinquenta Tons incluía duas sequências, e Cinquenta Tons Mais Escuros é lançado no próximo ano. Nós conversamos mais sobre filme e ela diz que as mulheres que mais a inspiram são Patti Smith (ela tem o livro de poesia de Smith, Witt, em sua mesa de cabeceira, e seu gosto por leitura vai de biografia para ficção científica) e Gena Rowlands, uma das atrizes mais talentosas que a America já produziu. Eu me pergunto em voz alta por que ela não está em nenhum filme novo.

“Por que muitas mulheres não estão em filmes?” Dakota pergunta. Sua atitude plácida se quebra e ela levanta sua voz. “Por que minha mãe não está em filmes? Ela é uma atriz sensacional! Por que minha avó não está em filmes? Essa indústria é bruta pra caramba. Não importa o quão forte você seja, às vezes há essa sensação de não ser querida. É absurdo e dilacerante.”

Ela beberica seu chá e acrescenta, mais calma, “Sempre que estou para baixo, eu fico incerta se vou trabalhar novamente. Eu não sei o que é, mas é uma coisa que acontece comigo.”

No entanto, parece que as preocupações sobre isso são pequenas. Um filme muito diferente será lançado (no Reino Unido) no mesmo mês que How to be Single. A Bigger Splash foi gravado em uma ilha italiana, e é um filme de drama que se desvia para águas sombrias. Ao lado de Tilda SwintonRalph Fiennes, Dakota interpreta uma jovem taciturna e sensual. “Ela é meio que uma psicopata em ascensão brincando com relacionamentos,” Dakota fala de seu papel. “Mas vai longe demais e ela acaba se machucando.”

O filme é tanto sobre o dito quanto o não dito (Penelope é uma sílfide carrancuda e afastada, a personagem de Swinton é, na verdade, muda). O diretor, Luca Guadagnino (cujo último filme foi I Am Love), disse que precisava de alguém “que poderia trazer inteligência – essa é Dakota.” Ele gostou tanto de trabalhar com Johnson – e sua química com Swinton – que as juntou em seu próximo filme de terror Suspiria. “Ela é motivada a se desafiar a explorar territórios complexos. Ela não gosta do jeito mais fácil.”

Com todos esses projetos em andamento, sua presença no tapete vermelho esse ano é novamente garantido. Apesar de que, suas roupas do dia a dia continuam justamente discretas – embaixo do casaco da Gucci ela está usando uma modesta camiseta-vestido preta da James Pearce e loafers (ela não se lembra da marca e se inclina para falar mais perto do gravador, “Loafers. Ela usou loafers legais.”) – seu guarda-roupa está, certamente, atualizado. Ela trabalha com a estilista Kate Young em eventos, tendo se conhecido por amigos em comum como Karen Elson e a música/designer Chase Cohl. “Ela é sempre sexy. Mesmo que ela coloque uma roupa o oposto de sexy, ela continua sexy. Mas se você disser isso à ela, ela faz uma pose corcunda, começa a andar como um troll e te faz rir,” Young diz sobre sua amiga. “E ela é tipo uma garota roqueira,” ela continua. “Seu namorado está em uma banda. Eu não quero que ela esteja tão polida assim quanto estiver em um tapete vermelho que não tenha alguma relação com isso.”

Dakota tem sido fotografada frequentemente por paparazzi com o músico Matthew Hitt da banda Drowners (inclusive de mãos dadas com ele nas ruas um dia depois de dizer no programa de Ellen Degeneres que estava solteira). “Eu conheço Dakota porque um dos meus melhores está namorando com ela,” diz Alexa Chung. “Ela tem uma incrível perspicácia e faz qualquer evento mais divertido. Ela parece tão confortável e graciosa andando em um tapete vermelho quanto entrando em um bar em East Village.”

Quando o assunto de romance aparece, a face normalmente expressiva de Dakota se torna inexpressiva. Ela pausa, “Eu não quero falar sobre a minha vida pessoal,” ela dá ênfase. “Com um ponto de exclamação!” ela acrescenta, vigorosamente. “Deveria ter um ponto de exclamação…”

Ela está atualmente ligada em grupos clássicos como Led Zeppelin e os Yardbirds. Ela tem escutado o álbum solo do antigo integrante de Beach Boy, Dennis Wilson, o Pacific Ocean Blue. Ela manda mensagem para si mesma com o nome de alguns álbuns que eu a recomendo e me mostra o celular. “Tudo que eu faço é mandar gifs para mim mesma de pessoas rolando seus olhos,” ela diz e passa por Judge Judy, Herman Munster, Harry PotterLiz Lemon. Ela recentemente viu Tobias Jesso Jr. se apresentar no Music Hall of Williamsburg e vai a vários concertos, geralmente via transporte público. Ela acha passeios de metrô fatigantes, no entanto. “As pessoas fazem essa coisa que me deixa tão brava,” Dakota diz, com um olhar de pânico em seu rosto. “Uma das coisas que mais me incomodam é quando as pessoas tiram foto de mim sem pedir ou tentam se esconder. É tão invasivo e me faz sentir tão vulnerável. Eu não posso fazer nada sobre isso. Não vou chegar na pessoa e dizer, ‘Você pode parar?'”

Ela continua, “Eu não vou deixar isso entrar no meu caminho. Não posso ser uma daquelas pessoas que não estão no mundo, porque é assim que eu consigo minha inspiração e minhas ideias. Me sinto transportada o tempo todos por pessoas na rua. Se eu ouço por acaso uma conversa, seja ela triste ou horrível, ou se alguém está tendo um momento alegre no telefone, eu fico tipo, ah… estou afetada.”

Mais cedo naquela tarde, no ensaio para a VOGUE, ela parecia completamente à vontade com seus arredores, imersa na cidade pulsando ao seu redor. Para a última foto ela posou no pavimento da beira de West Chelsea, magnífica em um vestido de Alexander Wang e um sobretudo (“Clothes 1 usariam de verdade,” ela sorri amavelmente), não se sentindo nem um pouco perturbada pelos nova iorquinos impacientes passando por ela, indo do trabalho para casa. Ela está sorrindo apesar do frio, enquanto o Empire State Building eleva-se majestosamente contra o céu azul. Vem uma rajada de vento e Dakota segura seu chapéu preto para que não voe. A temperatura continua a cair mas seu sorriso só cresce. Dakota Johnson, ao que parece, está exatamente onde quer estar.

“Eu amo Nova Iorque porque qualquer coisa que você queira, está disponível para você a qualquer hora do dia e você pode ser quem quiser em uma base diária. O que me faz mais feliz é o fato de que eu vou ver filmes à meia-noite em pequenos cinemas. Minha primeira memória de Nova Iorque, eu era muito, muito nova, estava dormindo no hotel Plaza, acho que meus pais tinham ido em uma peça e era inverno. E eu lembro da minha mãe entrando e me acordando para dizer que eles estavam de volta. Suas mãos estavam muito geladas, seu casaco estava gelado, mas ela cheirava como minha mãe, então você poderia sentir o cheiro de inverno nela e aquilo foi fascinante. Eu gosto de Nova Iorque porque você pode meio que aparecer e desaparecer como quiser, você pode estar em algum lugar facilmente se escondendo, o que é basicamente a história da minha vida.”

Fonte | Tradução: Laura Melo

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