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Como uma criança que cresceu em Hollywood, a estrela de A Filha Perdida sempre invejou a responsabilidade adulta.

Em “A Filha Perdida”, estreia na direção de Maggie Gyllenhaal, Dakota Johnson interpreta Nina, uma jovem mãe de férias na Grécia que se torna objeto de obsessão. O filme é baseado em um romance de Elena Ferrante do mesmo nome e segue uma mulher chamada Leda, interpretada de forma ardente por Olivia Colman, cujas interações com Nina a forçam a confrontar memórias de criar suas próprias duas filhas. Embora a história tenha uma reviravolta psicológica sombria, parece que as filmagens, que ocorreram em uma ilha remota no outono de 2020, tiveram a vibração oposta. Para a edição anual de Melhores Performances da W, Johnson conta à Lynn Hirschberg sobre os encontros noturnos do elenco em quartos de hotel, ir fundo com Gyllenhaal e sua infância em Hollywood.

Lynn Hirschberg: Como A Filha Perdida chegou até você? Como você ouviu falar sobre isso pela primeira vez?

Dakota Johnson: Eu li o roteiro que Maggie Gyllenhaal escreveu. E então eu tive uma reunião com ela. Almoçamos tarde em Nova York, no Greenwich Hotel, onde imediatamente fomos, tipo, direto para assuntos existenciais. Eu li com ela algumas semanas depois em uma leitura de elenco.
E depois ela me mandou um e-mail perguntando se eu seria sua Nina.

LH: E você gritou?

DJ: Chorei. Eu não gritei, mas chorei na hora. Isso foi em novembro de 2019, e aí veio a pandemia. Filmamos na Grécia em setembro e outubro do ano seguinte, quase um ano inteiro depois. Fizemos uma quarentena pesada – na Grécia, não foi nenhum sacrifício. Felizmente todos nós realmente nos amávamos.

LH: E vocês festejavam muito, certo?

DJ: Fizemos todo tipo de festa. Tivemos festas de dança; tínhamos festas mais reservadas. Olivia Colman ficava no quarto de hotel na cobertura, que era enorme. Então, nós íamos lá todas as noites, as vezes bebíamos um pouco de vinho e acabávamos jogando jogos realmente estúpidos. Foi louco, surreal, lindo, intenso e tão amoroso. Foi fantástico. Foi um presente.

LH: Com quantos anos você decidiu que queria ser atriz?

DJ: Eu tinha zero anos. Eu mal podia esperar porque cresci no set. Meus pais sempre trabalharam com artistas incríveis, e eu simplesmente adorava. Eu queria tanto fazer parte disso.

LH: Eles te incentivaram ou desencorajaram?

DJ: Eles não incentivaram. Viu como isso deu certo? Mas eu entendo. Eles queriam que eu tivesse o máximo de infância possível.

LH: Quem era seu crush famoso quando você era criança?

DJ: Jonathan Taylor Thomas. Lembro de vê-lo em um aeroporto, e me escondi atrás de uma planta. Não poderia ser mais óbvio que eu estava me escondendo, porque era apenas uma plantinha.

LH: Quando você usou um par de saltos altos pela primeira vez?

DJ: Eu colocava os saltos altos da minha mãe o tempo todo quando era pequena. E eu tinha meu próprio par de Mary Janes de salto pequeno que eu usava todos os dias. Todo dia.

LH: Então, você sempre foi madura para a sua idade?

DJ: Eu estava pronta para ser um adulto. Eu tinha 4 anos e pensei: “Estou tentando comprar uma casa.” Mas também foi relacionado com as coisas simples da idade adulta. Tipo, eu queria ir comprar produtos de limpeza e outras coisas quando eu tinha uns 6 anos. Eu era tipo: “Ok, isso é o que significa ser um adulto.” Isso deve ser uma prova de como minha infância foi anormal. Vou ligar para o meu terapeuta.

Tradução: Equipe DJBR | Fonte

Confira a sessão fotográfia da Dakota para a W Magazine em nossa galeria.

PHOTOSHOOTS > SHOOTS NOMEADOS > 2022 > W MAGAZINE

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O DJBR teve acesso ao documento Press Notes do filme The Lost Daughter (pt-br: A Filha Perdida) e resolvemos traduzir as partes da Dakota para vocês. Confiram a tradução abaixo:


Maggie Gyllenhaal sobre escalar Dakota Johnson:

Dakota entrou em contato comigo primeiro e nós almoçamos. E nesse almoço, ela não disse nessa exatas palavras, mas ela precisamente disse “Eu quero mergulhar de cabeça.” Tipo, “Quero ir ao fundo do oceano. Você me levaria?” E eu estava, claro. Nós imediatamente mergulhamos da forma mais profunda falando uma com a outra, depois de tipo cinco minutos. Eu amo ela no filme. Eu nunca vi nada como isso. Eu sou tão sortuda que ela me achou porque eu amei a nossa colaboração.

Olivia Colman sobre trabalhar com a Dakota:

Ela é engraçado e tão maravilhosa de se trabalhar junto. Eu queria que tivesse cenas com Jessie, mas obviamente não pude, isso teria sido estranho. Mas ter cenas com a Dakota eram sempre, “Oh Deus, eu vou passar um dia com a Dakota.” Ela é tão engraçada e ela tem uma grande experiência de vida, e Maggie a deixou mostrar isso. E, eu quero dizer, ter essa aparência e ser tão bem com isso? É algo muito revigorante.

Q&A com Dakota Johnson “Nina”

Quem é Nina em A Filha Perdida?

Nina é a mulher que meio que se torna objeto da obsessão e curiosidade da personagem de Olivia Colman. Ela é uma jovem mãe. Ela está meio aflita, se afundando, tendo um momento difícil e sombrio, se sentindo frustrada, confusa, perdida e invisível.

No filme, Nina faz parte dessa família turbulenta, mas se destaca deles por ser mais calada. Quando você leu esse contraste no roteiro, como você descobriu quem era Nina?

Maggie e eu trabalhamos muito juntas em longas ligações de Zoom antes de começarmos a gravar. Nina é tão complexa, ela se casou, se tornou parte desta família e foi importante para mim que você sinta que ela não pertence a esse lugar e deseje que ela encontre seu lugar, mas você sabe que ela nunca fará. Isso é uma coisa bastante destruidora para ela: saber que ela está com vontade de expandir sua mente e crescer, mas sente que não pode.

Há momentos no filme em que sua personagem está claramente esgotada pela maternidade. Como você invoca esse sentimento?

Muitas vezes sinto que não posso mais fazer isso. Tipo, eu acho que esse é um sentimento tão humano. E é raro que você permita que personagens femininos cheguem lá porque existe uma crença ou mentalidade antiquada de que as mulheres devem apenas fazer funcionar, devem descobrir isso, não devem ser muito barulhentas, ou muito zangadas, ou muito sexies, ou muito inteligentes, ou muito estúpidas. É impossível.

Trabalhar com Athena, a garotinha que interpretou minha filha, foi muito interessante porque ela era muito pequena. Normalmente, as crianças são um pouco mais velhas e são escaladas para interpretar a versão mais nova dos personagens, então estão um pouco mais cientes do que está acontecendo.

E ela ficava frequentemente frustrada e fazíamos disso um jogo, onde Maggie era muito boa nisso dizendo a ela “Cubra a boca dela. Não importa o que aconteça, não a deixe falar e puxe seu cabelo”. E acho que ela gostou. Ela estava tipo: “Eu sou uma criança. Eu nunca tenho permissão para puxar cabelo de ninguém e estão me dizendo para fazer isso”. Então isso foi desencadeando por si só, agarrando meu rosto, puxando meus brincos e era difícil. Mas então também senti a necessidade de protegê-la.

Eu não sou mãe, mas tenho uma [necessidade de proteção]. E eu acho que isso acontece com seus irmãos ou com seus amigos. Deve ser tão normalizado, aquele sentimento intenso. É difícil ser humano.

Como foi trabalhar com Maggie como diretora? Eu sei que ela sussurrava em seu ouvido antes das cenas.

Houve uma cena com Olivia em que ela me fez fazer uma tomada inteira em que eu estava apenas rindo histericamente, e não era o que eu teria feito instintivamente. E eu simplesmente achei isso incrível, legal e estranho.

Mas então ela dizia coisas e às vezes eu pensava: “O quê? Devo saber o que diabos isso significa?”, e então ela meio que olhou para mim e disse “Eu não sei. Vamos ver o que acontece”. Ela dizia todas essas coisas realmente intensas e incríveis, e então ficava tipo, “Eu não sei”. Mas ela sabe totalmente o que está fazendo, está em seus olhos.

Paul Mescal disse que todos vocês construíram rapidamente uma ligação e creditou você por ser confortante em sua cena de beijo. A que você credita isso?

Essa cena foi muito engraçada porque era nosso primeiro dia de filmagens e ele tinha que me beijar. Eu simplesmente tive muita empatia por aquele momento, e por mim também. Não é como se eu estivesse superconfortável apenas beijando qualquer pessoa velha. Então, eu apenas contei a ele todos os meus segredos. Eu realmente não falo sobre minhas coisas com as pessoas. E eu simplesmente fiz isso com ele. Acho que nos fez ter uma energia extra especial no filme. E ele é como um irmão para mim agora. Ele é da família.

Sobre o elenco: Dakota Johnson

Dakota Johnson é uma atriz e produtora premiada e indicada ao BAFTA.

Depois de entrar em cena com sua atuação em The Social Network, aclamado pela crítica, de David Fincher e escrito por Aaron Sorkin, Johnson apareceu nas comédias The Five-Year Engagement e 21 Jump Street. Ela então estrelou como Anastasia Steele na franquia de bilhões de dólares da Universal, Fifty Shades of Grey, Fifty Shades Darker e Fifty Shades Freed.

Johnson será vista a seguir estrelando em The Lost Daughter, de Maggie Gyllenhaal, ao lado de Olivia Colman e Paul Mescal. O filme, que deve estrear no Festival Internacional de Cinema de Veneza de 2021 e no Festival de Cinema de Telluride, terá uma exibição limitada no cinema em 17 de dezembro e estreará na Netflix em 31 de dezembro. Johnson encerrou recentemente a produção do filme Am I Ok? de Stephanie Allynne e Tig Notaro, no qual ela estrela e produz; e o drama da Netflix de Carrie Cracknell, Persuasion, baseado no romance de Jane Austen, estrelado por Henry Golding.

Ela foi vista pela última vez em Our Friend ao lado de Casey Affleck e Jason Segel, recebendo ótimas críticas como tendo o desempenho mais impressionante de sua carreira. Ela também estrelou The High Note, da Universal, dirigido por Nisha Ganatra, contracenando com Tracee Ellis Ross e Kelvin Harrison Jr.

Em 2015, Johnson estrelou em dois filmes altamente aclamados: Black Mass de Scott Cooper, contracenando com Johnny Depp, e A Bigger Splash, de Luca Guadagnino, contracenando com Tilda Swinton e Ralph Fiennes, ambos com estreia no Festival de Cinema de Veneza.

Em 2018, ela se reuniu com Guadagnino e Swinton para estrelar a aclamada versão pela crítica de Guadagnino de Suspiria de Dario Argento. Johnson recebeu críticas de admiração por sua atuação da dançarina americana Susie Bannion. Guadagnino e o elenco foram homenageados com o Prêmio Robert Altman no Film Independent 2019 Spirit Awards. Além de seu muito falado trabalho com Guadagnino, Johnson também estrelou no thriller noir de Drew Goddard, Bad Times at the El Royale, ao lado de Jeff Bridges, Jon Hamm e Chris Hemsworth.

Em 2019, Johnson estrelou o longa independente aclamado pela crítica, The Peanut Butter Falcon, ao lado de Shia LaBeouf e Zack Gottsagen. O filme ganhou o Prêmio do Público no SXSW e arrecadou mais de $20 milhões nos Estados Unidos e se tornou o melhor lançamento de plataforma de streaming do ano.

Naquele mesmo ano, a talentosa atriz lançou a TeaTime Pictures, uma empresa de entretenimento independente com sua parceira de produção, Ro Donnelly. Um paraíso criativo e colaborativo com visão de futuro para artistas com ideias semelhantes, TeaTime Pictures assinou vários projetos nos quais Johnson irá estrelar e produzir, incluindo Cha Cha Real Smooth, de Cooper Raiff, que está atualmente em produção e em Daddio, com Christy Hall a bordo para escrever e dirigir, que também é estrelado por Sean Penn.

Johnson é uma filantropa ativa e defensora da campanha She Is Equal do Global Citizen. Ela tem usado sua voz junto com outras pessoas para atingir os líderes mundiais, exigindo que eles invistam fortemente nas mulheres, fornecendo fundos essenciais para a saúde feminina e o planejamento familiar. Johnson também apoia ativamente a Action in Africa, uma organização sem fins lucrativos que se esforça para educar, inspirar e capacitar as pessoas na Uganda, com foco na educação e no desenvolvimento comunitário. Ela lançou o podcast The Left Ear com histórias de agressão, abuso e assédio de sobreviventes em todo o mundo.

Atualmente, é co-diretora de criação e investidora da companhia de bem-estar sexual, Maude, e foi o rosto da marca de luxo italiana Gucci.


Tradução: Equipe Dakota Johnson Brasil



Atriz fala sobre a difícil representação da maternidade no filme, seu próximo filme de época, e compartilha seus segredos mais profundos e sombrios com a estrela de Normal People.

Dakota Johnson é instantaneamente reconhecida nas telas. Com seu sorriso conhecido e sua franja perfeita, a atriz de 32 anos cativou, juntamente com o Christian Grey de Jamie Dornan, a franquia de Cinquenta Tons de Cinza, encantou os críticos em A Bigger Splash, provou ser uma mulher magnética em How to Be Single e conquistou corações em The Peanut Butter Falcon. Mas, em The Lost Daughter – o filme arrebatador que estreia Maggie Gyllenhaal como diretora, adaptando o livro de Elena Ferrante – pode levar um tempo para você identificar Johnson quando ela aparece pela primeira vez.

A atriz interpreta Nina, uma jovem mãe com cabelos pretos e olhos marcados, abundantes tatuagens e um guarda roupas com jeans, roupas de banhos curtas e brincos grossos de argola. Ela está passando o feriado na Grécia com sua filha, Elena (Athena Martin), e o resto de sua escandalosa e duvidosamente rica família do Queens. Enquanto eles tumultuam, ela está vigilante e aparentemente inquieta. Observando-a, por sua vez, está Leda, uma professora de letras em uma viagem solitária. Ainda em sua órbita, há dois homens bem intencionados: um grisalho cuidador da casa onde Leda (Olivia Colman) está hospedada (Ed Harris) e um estudante (Paul Mescal), que passa suas férias de verão trabalhando na praia. Suas vidas são interrompidas quando Elena desaparece de repente, deixando Nina perturbada e fazendo Leda se lembrar de sua própria jornada tumultuada com suas duas filhas. O resultando final é um sensível estudo sobre decepção, ambição e incertezas maternas, tornando impossível tirar os olhos da impulsividade de Colman e da enigmática Johnson.

Enquanto estamos ansiosos para a estreia do filme na Netflix, Jonhson comenta sobre gravar na pitoresca ilha de Spetses durante a pandemia, fala sobre as fotos de Megan Fox que mandou para Gyllenhaal como referência e como subornou a jovem atriz que interpretou sua filha.

The Lost Daughter é uma linda adaptação. Foi o script que te atraiu?

Foi um script instantaneamente lindo de se ler e então Maggie [Gyllenhaal] e eu nos encontramos. Nós conversamos por um tempo e então ela me deu o papel. Foi durante a pandemia, então Maggie e eu passamos muito tempo no Zoom, conversando e mandando músicas uma para a outra, fotos e indicações de filmes. Maggie tem um jeito incrível de trabalhar com os atores porque ela é uma [atriz]. Ela nos faz sentir seguros. Eu sinto que eu posso ir nas extremidades em qualquer direção e eu serei cuidada. Muito disso é apenas sobre querer estar perto dela [risada].”

O que eram os filmes, músicas e fotografias?

Foi quando conversávamos sobre roupas, cabelos e o que Nina deveria ser. Nós gostamos muito de Rosalia em certo ponto. Então, eu estava mandando para Maggie fotos realmente antigas da Megan Fox. Ela tem essa sexualidade que parece ser muito entediante e eu gosto disso. É quase como se Nina estivesse vestida seu uniforme, mas ela superou. É um uniforme selvagem e é a imagem dela que talvez ela pintou para si mesma e agora está presa, ou talvez foi pintada para ela porque é como ela é. É sobre ela querer se libertar das algemas de sua identidade. Há muito mais nela do que ela pode mostrar para estar naquela família e naquele lugar.

Como foi desembarcar na Grécia enquanto o mundo estava em lockdown e em quarentena com esse elenco incrivel?

Eu sou privilegiada por este ser o meu trabalho, mas filmar na Grécia durante a pandemia enquanto as pessoas estavam presas em suas casas e sonhando com uma praia? Foi um verdadeiro presente e isso não passou despercebido por nenhum de nós. É uma pequena ilha e todo mundo estava envolvido de alguma forma com o filme. A garota que trabalhava na cafeteria local foi um dos extras. Nós estávamos todos juntos o tempo todo em uma bolha e nos tornamos muito próximos.

A jovem atriz, Athena, que fez sua filha é maravilhosa. Como vocês se conectaram?

Ela tinha 4 ou 5 anos quando estávamos gravando. É confuso naquela idade então tornamos tudo um jogo. Eu queria que ela se sentisse segura e conectada, então minha sacada foi o suborno. Eu era tipo ‘eu vou pegar esses sacos de doces infantis.’ Ela pegava, mas não estava impressionada [risada].”

Como foi trabalhar com Olivia Colman? Nina e Leda passam muito tempo apenas observando uma à outra.

Nós nos divertimos muito. Somos boas amigas agora e eu a amo profundamente. Maggie nos deu espaço para atuar. Nós não tivemos nenhum tipo de conversa mais profunda sobre o relacionamento entre Nina e Leda, e continua assim. Há muitas camadas neste relacionamento. Você se pergunta para onde está indo da mesma forma que elas se perguntam para onde está indo. Mas quando nós estávamos gravando, Olivia e eu não falávamos disso. Nós bebíamos vinho [risada].”

E sobre Paul Mescal? Você é fã do trabalho dele em Normal People?

Ai meu Deus, sim. Super fã! No primeiro dia de filmagem, Paul e eu tivemos uma cena intensa. Nós ainda não nos conhecíamos, ele estava levemente nervoso e eu tive empatia. Para fazer todos se sentirem confortáveis, eu disse a ele alguns dos meus profundos e sombrios segredos [risada]. Agora, somos bem próximos. Ele é um ser celestial. Foi seu primeiro filme, estou muito orgulhosa dele.

E sobre trabalhar com esses atores incríveis, qual foi o atrativo de interpretar Nina, essa mulher misteriosa que quer ser mais do que apenas uma mulher sexy na praia?

Não é apenas dela querer ser algo a mais, mas ela é algo a mais. Mas, talvez, ela cresceu em uma família ou sociedade que ela não era permitida a ser algo a mais ou não ela apenas não era vista como ela é. Isso é muito interessante para mim. Há tantas pessoas diferentes dentro de nós. Nina está se afogando em si mesma quando ela conhece Leda, ela pensa ‘Há algo a mais para mim? A minha mente poderia ter menos fome? Eu poderia ser saciada?’ A coisa mais triste é que ela provavelmente jamais será e isso é a realidade de muitas mulheres.

Você espera que esse filme faça as pessoas questionarem seus preconceitos sobre a maternidade?

Eu estou realmente muito interessada neste mundo em que as mulheres não estão permitidas de sentirem seus sentimentos, independente se estão com medo ou desconfortáveis. Eu ainda não sou mãe, mas o que é interessante para mim neste filme é que dá às mulheres que são mães permissão para sentir todos os sentimentos complicados que vem com a maternidade. E permite que mulheres que não são mães ainda ou mulheres que não querem ser mãe, sentirem como as mães se sentem. Ainda há um estigma ao redor de algumas mulheres que escolheram não ser mães, e eu penso, por que? Talvez isso seja um empurrãozinho para desestigmatizar esses sentimentos complicados sobre a feminilidade e maternidade.

E, por último, como você está se sentindo sobre a realidade do mundo neste momento?

Estou com o coração profundamente partido e não há jeito para isso. Eu acredito nas pessoas, na gentileza e em nossa habilidade de se envolver, e acredito que as coisas as vezes pioram para poder melhorar, mas é difícil. É uma experiência angustiante para a maior parte do mundo. Como indivíduo, você se sente sem esperança nenhuma, mas nós podemos nos ajudar. Eu realmente espero que as coisas melhorem logo.


Tradução: Equipe DJBR | Fonte



A cineasta Maggie Gyllenhaal e a atriz Dakota Johnson, de “The Lost Daughter”, foram atraídas pelas difíceis, feias verdades – particularmente sobre maternidade – que muito frequentemente são inexploradas em conversas culturais como as que o filme explora.

“Elena Ferrante, que escreveu o livro em que o filme é baseado, ela realmente conta a verdade em todas suas obras, sobre coisas que eu pensava que tínhamos concordado em não falar sobre”, diz Gyllenhaal, que fez sua estreia como diretora no filme e adaptou a peça do livro de Ferrante. Ela dividiu o palco com Johnson, co-ator Peter Sarsgaard (esposo de Gyllenhaal) e editor Affonso Gonçalves. 

“Tem algo inerentemente dramático sobre falar a verdade em geral. Até quando você diz a verdade pra uma criança – e realmente a verdade sobre algo – e você vê seus olhos abrirem”, disse Gyllenhaal. “Então eu penso que foi isso que me motivou. E também porque eram verdades sobre coisas relacionadas à mim e minha experiência como mulher no mundo. Como uma mãe, sim, claro, mas também como uma amante, uma pensadora, uma artista. Foi bom tê-las diretamente expostas.”

Escrito e dirigido por Gyllenhaal, The Lost Daughter é um filme psicológico estreando Olivia Colman como Leda, uma divorciada de meia idade de férias cujo encontro casual com uma mulher e sua filha causa sua viagem a tomar um rumo obscuro, onde ela é forçada a confrontar seu passado. Oliver Jackson-Cohen, Paul Mescal e Ed Harris também estrelam no filme.

Johnson revelou que qualquer trepidação sobre interpretar o papel de uma jovem tendo dificuldades com as responsabilidades de ser mãe foram amenizadas pelo seu entusiasmo em explorar um território tão pouco explorado pelas telas. “O sentimento inicial foi ‘Ah, estou um pouco assustada em interpretar essa mulher, jovem, que está tendo problemas como mãe’, porque essa é tipicamente uma pessoa muito desagradável”, disse Johnson. “Mas é tão normal e é tão honesto, e é uma pessoa que eu reconheço mais do que, sabe, uma mãe jovem que acerta tudo perfeitamente e se sente muito bem sobre isso, e é muito feliz todo o tempo e não desvia disso.”

Johnson também exaltou Gyllenhaal pelo apoio que ela proveu, especialmente durante momentos mais desafiadores. “Tendo Maggie ali, que sabe como é ser uma atriz atuando, me fez sentir tão segura e tão vista e genuinamente amada”, ela disse. “E isso me fez sentir como eu poderia fazer coisas extremas e ainda estar segura. E mesmo na edição, estar segura; e isso é algo que, como um ator, você acaba por ver o filme e pensa ‘não fui isso que eu fiz'”. 

Johnson adicionou: “Foi como ela me oferecer a mão e dizer, ‘venha comigo. Vamos nessa jornada sobre a verdade.’ E isso pode ser muito assustador mas também liberador, e é esse o ponto. E eu estava tipo ‘Sim!'”

Gyllenhaal admitiu que ela teve de confiar nos próprios instintos navegando o material. “Nada foi fácil, pois sou uma iniciante em alguns aspectos disso”, ela disse. “Em alguns aspectos, não – eu fiz muitos filmes, – mas em outros aspectos, sim. Eu acho que uma das coisas em que eu contei como apoio foi minha própria mente inconsciente. É minha primeira vez, então o que eu tenho para continuar além de minha mente e eu mesma?… é meio que eu guiando à mim mesma.”

A Netflix adquiriu os direitos ao filme em Agosto, antes da estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza.

Tradução: Equipe DJBR | Fonte



Nesta quarta-feira (08), foi divulgado uma entrevista de Dakota Johnson, Olivia Colman e Jessie Buckley para a Netflix Queue, onde ambas falaram sobre a arte e como encontraram vulnerabilidade em um thriller psicológico durante as filmagens de The Lost Daughter. Confira a tradução:

Visto pelos olhos da atriz e cineasta Maggie Gyllenhaal, The Lost Daughter é uma exploração terrivelmente honesta dos efeitos raramente discutidos da maternidade sobre a sexualidade e o senso de identidade de uma pessoa. Adaptação do romance de Elena Ferrante, o longa-metragem de estreia de Gyllenhaal é em partes iguais drama e thriller emocional. A história segue Leda, uma professora de literatura italiana de 48 anos que fica obcecada por uma jovem mãe, Nina, durante suas férias à beira-mar. À medida que o relacionamento se intensifica, Leda é forçada a enfrentar as decisões transgressivas que tomou em relação às duas filhas, contadas em flashbacks. E também, Gyllenhaal admite, “Escuro, com aspectos dolorosos. Leda é uma pessoa difícil, difícil de se conviver.”

Escolher uma atriz que pudesse retratar as nuances da protagonista complexa exigia duas coisas: “Primeiro, ela não pode ser louca. Se ela é louca, já vimos essa pessoa antes, e então todos podem simplesmente dizer, ‘Olhe para aquela mãe má que é tão louca’. Eu também senti que era importante ser maravilhosa, engraçada e humana”.

Havia apenas uma escolha em sua mente: Olivia Colman.

Muitas atrizes ganhadoras de Oscar e Emmy precisariam de um duro golpe para concordar em estrelar um filme independente dirigido por uma diretora emergente. Mas para Colman, cujos projetos recentes incluem The Favorite de Yorgos Lanthimos e o papel da Rainha Elizabeth II em duas temporadas de The Crown, o fator decisivo para ingressar em The Lost Daughter foi uma garrafa de vinho compartilhada e a promessa de diversão.

“O roteiro foi escrito de maneira tão linda, linda”, diz Colman. E como mãe, “Eu adoro que todas essas coisas tenham sido faladas honestamente, ao invés de mulheres que têm filhos são santas, elas nunca têm pensamentos ruins.”

Gyllenhaal sabia que um “sim” dificilmente era dado, mas ela não sabia que o almoço era, como Colman confessa com uma risada, “um teste de tornassol. Achei que devíamos tomar um copo de alguma coisa, e ela disse, ‘Sim’, e eu pensei, OK, isso é bom. Porque em Londres, muitas vezes se você está almoçando, você toma uma taça de vinho, mas em Los Angeles eu acho que eles desaprovam isso. Então, pensei que nos daríamos bem e nos divertiríamos”.

A atriz não apenas concordou em estrelar o filme, mas sugeriu que a atriz irlandesa Jessie Buckley interpretasse Leda, de vinte e poucos anos, um papel crucial, já que grande parte do filme se baseia na compreensão da personagem e na decisão que mudou sua vida quando era uma jovem mãe. “Leda faz algo realmente abominável”, explica Gyllenhaal, “E ainda assim nos relacionamos com ela, nós a entendemos. Tivemos experiências, sentimentos, desejos e pensamentos como os dela.”

Pouco depois de seu almoço com Colman, a diretora foi a um cinema assistir a estrela de Buckley em Wild Rose, no qual ela interpreta uma mãe solteira escocesa que acabou de sair da prisão e está determinada a ser uma cantora country. Gyllenhaal partiu sabendo que ela havia encontrado sua jovem Leda. “Fiquei completamente maravilhada com ela”, lembra ela. Quando as duas se conheceram, logo depois, Buckley ficou igualmente impressionada com Gyllenhaal e com o roteiro.

“Fizemos algo realmente honesto. Eu acho que muitas pessoas vão dizer, ‘Oh Deus, eu me senti assim’. E isso não foi dito em voz alta antes.'”

“Não sou mãe, mas conheço todas essas mulheres”, diz Buckley. “Não acho que Leda seja uma mãe ruim. Na verdade, acho que ela é uma mãe incrível, e o que ela dá às filhas é cortar o cordão da repressão. Não há muitos filmes onde isso seja explorado. Isso me fez respirar, tipo, graças à Deus. Não temos que fingir.”

Com a confirmação de Leda dos dias atuais e de vinte e poucos anos, restou escalar o elenco para o papel de Nina, uma bela jovem lutando como mãe de uma menininha. Quando Nina conhece Leda, ela busca consolo na mulher mais velha, sem saber de seus segredos. Dakota Johnson, que foi aclamada por suas atuações nos filmes A Bigger Splash e Suspiria, de Luca Guadagnino, entre outros papéis, pressionou Gyllenhaal a considerá-la para o papel e impressionou a diretora com sua determinação em investigar as sutilezas de sua personagem.

“Ela poderia ter sido apenas a garota gostosa da praia”, diz Johnson, “mas ela está com fome e se sente invisível”. Apesar de não ser mãe, a atriz não teve dificuldade em se identificar. “Existe uma crença ou mentalidade antiquada de que as mulheres devem apenas fazer funcionar, descobrir, deve ser mãe, não deve ser muito barulhenta ou zangada ou muito sexy ou muito inteligente ou muito estúpida”, explica ela. “É impossível. E acho que as mães, especificamente, foram programadas para pensar que se você disser, ‘Há algo para mim?’, Isso é egoísta de certa forma. E eu acho que não.”

“Eu sou um pouco como Nina”, ela continua, “Eu senti que às vezes na minha vida ninguém vê o coração ou a mente que eu vejo. Eu tenho aqueles momentos o tempo todo em que eu fico tipo, ‘Foda-se, eu não posso’. Você tem que fazer, porque é um alívio”.

Os planos de nos reunirmos para discutir a dinâmica emocional no centro do filme em pessoa foram repentinamente suspensos com o surgimento da covid e os bloqueios subsequentes. As reuniões com Gyllenhaal mudaram para o Zoom, e Colman e Buckley, que não compartilham nenhuma cena, limitaram suas idas e vindas de pré-produção sobre o papel em mensagens de texto. Gyllenhaal enfatizou para cada mulher que não havia necessidade de se preocupar em se parecerem muito; como Colman diz: “Uma mulher na casa dos vinte é diferente do que ela na casa dos quarenta, então seremos diferentes”.

Discutindo a história da inglesa, Colman diz que as duas atrizes decidiram que Leda “teria raízes da classe trabalhadora – ela saiu por meio da educação e queria uma família”. Se lembra de Buckley, “A extensão disso foi: ‘Que sotaque você está fazendo?’ E ‘Que palavrão italiano você conhece?’ Olivia poderia dizer um palavrão melhor do que eu.”

Enquanto isso, Gyllenhaal corria para transferir a produção de um local à beira-mar na América do Norte para Spetses, uma pequena ilha na Grécia, onde haveria menos restrições para reunir o elenco internacional. No outono de 2020, as três estrelas chegaram para uma quarentena de 14 dias em seus respectivos quartos de hotel antes de se reunirem no jardim para finalmente se encontrarem pessoalmente. Juntando-se à eles para coquetéis e música estava o resto do conjunto: Ed Harris, que interpreta Lyle, um expatriado que recebe Leda na ilha; O marido de Gyllenhaal, Peter Sarsgaard, que interpreta o professor Hardy, amante da jovem Leda; Paul Mescal como Will, um trabalhador do resort; e Dagmara Domińczyk como Callie, cunhada de Nina.

Foi, de acordo com todos, uma festa de amor imediata. “Ter cenas com Dakota sempre foi: Oh, que bom, tenho um dia com ela”, diz Colman. “Ela é uma atriz brilhante e tão engraçada. Ela tem uma ótima experiência de vida, e Maggie deixou que ela mostrasse isso.”

No set, as demandas emocionais de interpretar personagens à beira de um colapso foram intensas para as duas atrizes mais jovens. Para Johnson, houve pressão durante as cenas em que sua personagem aparece em trajes de banho reveladores e sofre a atenção lasciva dos homens. “Eu estava tão vulnerável emocionalmente”, diz ela, “mas também, estando com esses maiôs que eram apenas, como fio dental, eu acho que parecia, ‘Sim, aqui estou.'” Ela foi apoiada por Gyllenhaal e animada por Colman, que compartilhou: “É realmente revigorante”, enquanto aplaudia a bravura e a confiança de Johnson no set.

Colman apoiou igualmente Buckley e o arco tenso de sua personagem, o que em última análise a leva a perceber que a vida de mãe é insustentável. “Acho que essas coisas são as mais difíceis de assistir”, diz Colman, “porque há um momento em que ela é claramente a melhor mãe de todos os tempos, e então é demais. Estou tão feliz por não ter que fazer essas partes.” Ela estava igualmente grata por estar do outro lado do caso de amor de sua personagem em comum. “Estou tão feliz por não ter feito nenhuma das cenas de sexo que Jessie teve”, disse Colman. “Ela foi incrível.”

Quando as filmagens terminam no final de cada dia, as atrizes abraçam sua grande fortuna não só de estarem juntas, mas também de estarem juntas na Grécia. Gyllenhaal e Buckley costumavam dar um mergulho juntas no Egeu antes de voltar para o hotel, onde o elenco e a equipe estavam hospedados. “Não era o tipo de trabalho em que você sai e fica sozinho no final do dia, odiando a si mesmo”, diz Johnson, rindo. “Jantávamos e bebíamos juntos.”

Depois do jantar, Colman poderia contar para manter a festa. “Acabávamos no quarto de Olivia tomando vinho e cantando muito até as 3 da manhã”, diz Buckley. “Ela é apenas um dos melhores humanos do mundo.”

A camaradagem durou muito depois que o elenco e a equipe técnica deixaram a Grécia para suas respectivas casas. “Existem poucos empregos na minha vida em que mantenho contato com as pessoas, mas essas pessoas – somos todos muito próximos”, diz Johnson. “Se eu estiver em Londres, irei para a casa de Olivia. E se eu estiver em Nova York, irei para a casa de Maggie. Eu cheguei a um ponto em minha vida que quando amo as pessoas, eu realmente quero que elas saibam disso, e quero que elas saibam o porquê. E é tão bom que eles sintam o mesmo.”

O que as mulheres também concordam é o quão honradas elas se sentem por ter participado dessa história destemida e assegurada aos outros de sua humanidade compartilhada. “Fizemos algo realmente honesto”, diz Colman. “Eu acho que muitas pessoas vão dizer, ‘Oh Deus, eu me senti assim’. E isso não foi dito em voz alta antes.'”

Tradução: Equipe DJBR | Fonte

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