Recentemente, a anfitriã do programa All Things Considered, da rádio norte-americana NPR, sentou-se com as três gerações de atrizes de Hollywood: Dakota Johnson, sua mãe Melanie Griffith e sua avó Tippi Hedren para falarem sobre assédio sexual, o que uma aprendeu com a outra, o legado da família, se planejam trabalhar juntas no futuro, entre outros tópicos. Abaixo, vocês podem conferir a entrevista em duas partes e a transcrição logo em seguida:
Parte 1:
2017 está se moldando para ser o momento das mulheres da industria cinematográfica contarem suas hitórias de assédio sexual e agressão. Nós queremos falar com as mulheres de Hollywood. Então, nós pedimos as três gerações de atrizes para virem ao estúdio. Tippi Hedren, sua filha Melanie Griffith, e sua neta, Dakota Johnson. Três experiências diferentes de mulheres em Hollywood. Tippi Hedren, é claro, estrelou em “Os Pássaros” e em “Marnie”, os dois filmes dirigidos por Alfred Hitchcock. Em “A Memoir” ela escreveu que Hitchcock era obcecado por ela. Ela diz que ele foi até sua casa de limusine quando ela não estava lá, e que ele a tocava no set de gravações. E depois, durante uma reunião no escritório dele, ela disse que ele a agarrou. Disse que foi sexualmente pervertido, e no final ela o recusou.
Tippi Hedren: Ele disse que arruinaria minha carreira. Eu disse: “Faça o que tiver de fazer,” e saí pela porta. Eu preciso te dizer, nunca bati a porta tão forte na minha vida. Na verdade, olhei para trás para ver se ela ainda estava ligada às suas dobradiças.Nossa conversa começou com o Hitchcock, eu devo dizer que haverá alguns palavrões nos próximos minutos. A neta de Tippi Hedren, Dakota Johnson, e sua filha, Melanie Griffith, falaram com Tippi sobre o quão diferente deve ter sido passar por isso nos anos 60. Dakota fala primeiro, e depois Melanie.
Dakota Johnson: Como foi para você? Você tinha alguém para conversar? Havia alguém a quem você poderia recorrer?
TH: Ninguém realmente tinha uma resposta sobre como eu iria resolver o problema.
DJ: Não havia uma solução.
Melanie Griffith: Era tudo meio que jogado para debaixo do tapete.
TH: Sim, era, absolutamente.
MG: E você era o problema.
TH: Sim.Eu lembro que no livro as mulheres… nossa, eu tenho que dizer, sinto muito que você tenha passado por isso.
TH: Na verdade, a mulher dele, Alma, disse, “Sinto muito que você tenha passado por isso.” E eu disse, “Você não pode parar isso?” Eu estava com raiva e magoada. Não tinha ninguém para dizer, “Tudo bem, nós vamos te ajudar.”
MG: Mas, você foi muito corajosa, mãe, e aquilo foi no começo dos anos 60. Eu realmente lhe aplaudo, devo dizer.
TH: Ah, obrigada.
DJ: Mas ele também foi um homem que foi considerado um dos maiores cineastas daquela época.
TH: Sim, ele foi.
DJ: E agora, ele ainda está na história. Porém, também usou seu poder.
TH: Ah, ele tentou.
DJ: Mas ele… tecnicamente usou. Digo, depois de “Marnie”, o que aconteceu?Por dois anos. Nos conte sobre isso.
TH: Sim, bem, ele disse que acabaria com a minha carreira. Sabe, eu ainda tinha um contrato com ele, todos tinham que passar por ele para chegar até mim.Então, se as pessoas te ligassem e falassem que queriam que você trabalhasse em algo, ele diria…
TH: “Ela está indisponível.”
MG: E que ela era difícil.Vocês duas, Dakota e Melanie, conseguem imaginar isso hoje em dia? Dakota, vou começar por você.
DJ: É bem parecido com todas as alegações contra Harvey [Weinstein], e também muitos outros homens. Mas isso é tipo um estranho ponto cego em Hollywood que sempre esteve presente. No entanto, estão acendendo uma luz sobre isso. E isso é muito…
TH: Já era hora.
DJ: E já era hora, mas isso é outra coisa, há todas essas acusações acontecendo, e todos os dias é uma nova pessoa, mas é quase como se estivesse se tornando redundante, e a pessoa culpada é irrelevante. Estou mais interessada em saber qual é a solução. Quando isso aconteceu com você, não havia uma solução. Você sofreu as consequências por estar sob o controle dele. Quero saber como isso tudo vai mudar, quero saber qual é minha posição agora.Nós estamos falando sobre esse ataque de acusações, eu acho que quero saber se isso já aconteceu com vocês duas.
MG: Vá em frente.
DJ: Pode falar.Essa é a Melanie.
MG: Não, na verdade eu nunca tive essa experiência trabalhando. Eu fui ensinada a ser bastante forte e a me valorizar.
TH: Essa é a resposta, bem aí. Se você pode ensinar sua menininha a ser forte, saia de lá.Eu te entendo completamente. Mas a responsabilidade nem sempre depende de nós.
DJ: Não, de modo algum.
TH: Não depende, mas é com isso que você tem que lidar.Não depende só de você ser forte e transmitir isso. Você pode ser tão forte quanto quer ser, e ainda passar por essa situação.
TH: Sim, pode.
MG: E ainda assim destruir sua reputação, seu trabalho, sua situação, sua auto-estima.
DJ: É tão… insano. Mas é… nunca passei por uma experiência de assédio sexual, de uma maneira que valha a pena eu acusar alguém. Tenho certeza que houve coisas que foram ditas a você assim como foram ditas para mim, do tipo “sua bunda está ótima” ou algo assim, que você poderia considerar como assédio sexual. Digo, recentemente eu trabalhei nua em uma enorme trilogia…“Cinquenta Tons de Cinza”.
DJ: E tinham muitos homens de altas posições de poder por trás das câmeras. Se eu tivesse algum problema, ou alguma coisa estivesse acontecendo, não foi nada sexual, mas coisas que precisavam ser ouvidas. Meu pai disse, “Dakota, você precisa ser um lobo, não um cordeiro,” e eu disse, “Tudo bem. Bom, então essa é a parte de mim que vai ser rotulada de vadia ou fria, só porque se eu sou umas mulher sendo direta e dizendo ‘Não, eu não gosto disso,’ ou ‘Não, eu não vou fazer isso.'”
MG: Um problema.
DJ: Então, eu sou sexualmente difícil, e estou fora de controle.
TH: Não, você é inteligente.
DJ: Certo, certo, mas em comparação com o fato de eu ser uma mulher.Tem um perigo nisso, também.
DJ: Sim.Tem alguma coisa que você mudaria…. todas vocês. Mas, Dakota, vou começar com você. Sobre como as mulheres são tratadas em Hollywood, se você pudesse mudar algo, o que seria?
DJ: Ah, cara… Acho que seria as conversas originais em que os homens usam sua masculinidade para reprimir as mulheres. Acho que seria isso.Para isso parar?
DJ: Sim. Eu acho que está parando. Acho que talvez muitos homens estão fazendo um inventários de suas vidas e suas carreiras…Você acha que as pessoas estão fazendo isso agora?
DJ: Sim, totalmente. E acho que os caras vão tomar muito cuidado com quando e onde e como eles fazem reuniões com jovens mulheres. Eu acho que esse é o começo, é o começo disso. Mas, sabe, uma jovem atriz que vai ter reuniões com produtores e donos de estúdio que são predominantemente homens.Ainda.
DJ: Ainda.Mas isso não vai mudar da noite para o dia, como as alegações contra Weinstein, não vão apenas mudar.
DJ: Não. E isso vai ser assim. Terão donos de estúdios que são homens e serão ótimos. Existem homens honrados.
TH: Vamos esperar o dia em que uma mulher sairá de uma reunião de negócios e dirá, “Quer saber? Ele não deu em cima de mim.”
DJ: Bem, eu acho que isso acontece, Mormor. Esse dia definitivamente chegou. Digo, não é…
TH: Seria legal se isso fosse o normal.
MG: Isso é o normal.
DJ: Acho que isso é o normal.
TH: Espero que sim.
MG: Sabe, outra coisa é que… Eu sinto muito por mulheres que…Essa é a Melanie.
MG: Uma vez que estão seguindo sua paixão na escola… digamos que alguém quer ser cientista, ela começa a trabalhar e é assediada sexualmente, ela sai do trabalho porque não consegue lidar com isso, e não consegue ser cientista. Ela não consegue seguir sua paixão por causa disso. Isso é o que devemos ir contra, eu acho. Certifique-se de seguir seus sonhos, e não deixar as pessoas esmagá-los.Essa foi a atriz Melanie Griffith. sua filha atriz, Dakota Johnson, e sua mãe, a atriz Tippi Hedren. O livro da Tippi Hedren “A Memoir”, é chamado de “Tippi”.
Parte 2:
Ontem, nós ouvimos uma conversa com três atrizes em uma família. Tippi Hedren, sua filha Melanie Griffith e sua neta, Dakota Johnson. Elas falaram sobre assédio em Hollywood, o que mudou ou não para as mulheres ao longo dos anos e nós queremos compartilhar outra parte dessa conversa que não tivemos tempo para mostrar ontem. É sobre os papeis para as mulheres em Hollywood e o quão difícil é para elas conseguirem trabalho uma vez que chegam a uma certa idade. Melanie Griffith começa.
MG: Quando você está no auge da sua vida, dos 20 aos 40 anos e está atuando, é uma época maravilhosa. E então para mim, quando cheguei aos 40 anos, não exatamente nessa idade mas ao redor disso, eu realmente não estava tão interessada em fazer filmes quanto era antes.Para mim, você disse coisas do tipo, “É o fato de que eu tenho algumas linhas faciais. Não é porque eu perdi meu talento ou me tornei deformada,” e que isso é o motivo de você não ser escalada de certa forma.
MG: Bem, eu penso em muita razões para isso mas, sim, definitivamente. À medida que você vai ficando mais velha, não é… agora, com a forma que eles gravam as coisas não é a mesma coisa de quando mamãe estava fazendo filmes ou quando comecei a fazer filmes, eles te faziam ficar incrivelmente linda, até mesmo quando você não era.O ato de pentear o cabelo?
MG: Sim, tipo, todas as luzes e… era realmente intenso e era fabuloso.E Dakota, você falou sobre isso também. Sobre o fato de que sua mãe e avó não conseguem papeis por causa de suas idades.
DJ: Sim, o que é triste porque eu quero assistir às mulheres que admiro desenvolverem seu talento e é muito difícil quando Hollywood não contribui com isso. É como se você tivesse de ser quente e fresca e nova. Prefiro ver você [Tippi] agora…
TH: Obrigada.
DJ: … do que alguma aleatória…Nova e fresca.
DJ: Sim!
MG: Mas isso tem mudado tanto, é como se agora você tem a oportunidade de fazer tantas coisas, produzir, dirigir, atuar. Nos meus dias, nos anos 70, 80 e 90, não era realmente uma possibilidade. Tenho certeza que não era também quando você trabalhava, mãe.
TH: Não.
MG: Para uma mulher fazer todas as coisas que você pode fazer, você deve fazê-las.
DJ: Eu também acho que isso aconteceu, que tem crescido. Acho que existe uma forma de estigma nisso, e é passageiro, então talvez agora que eu tenho todo esse tempo, tenho que fazer isso nesse momento, portanto preciso criar. Sou interessada em longevidade e quero fazer filmes até morrer.
TH: Mas há outro problema, também. Eles não acham mulheres que estão envelhecendo fascinantes o bastante para fazer roteiros sobre elas. Quer dizer, eles não escrevem isso mais.
DJ: O que é ridículo.
TH: Eu sei, porque nós somos fascinantes!
DJ: Você é a mulher mais fascinante que já conheci na minha vida.Se alguém chegasse em você com um ótimo roteiro, Tippi, você aceitaria? Que tipo de papel você gostaria de interpretar?
TH: Eu certamente consideraria. Absolutamente. Estive decepcionada por muitos anos e ninguém chegou em mim com nada do tipo.Mas, sério, que tipo de papel você gostaria?
TH: Bem, eu gostaria de fazer algo tipo uma comédia, tendo a idade que tenho.
DJ: Com quem você iria querer trabalhar?
MG: Com que homem você gostaria de trabalhar, mãe?
DJ: Bem, mãe, nós não estamos falando sobre homens! Deus! E tudo que acabamos de falar foi jogado pela janela.Quer dizer, obviamente vocês três deveriam fazer um filme juntas.
TH: É isso que eu ia dizer: tenho Melanie Griffith e Dakota Johnson aqui, e eu amaria trabalhar com vocês.Bem, Melanie Griffith, Dakota Johnson e Tippi Hedren, muito obrigada por conversarem comigo hoje. Foi ótimo.
MG: Muito obrigada à você.
TH: Obrigada por nos convidar.
DJ: Obrigada.
Tradução: Carol F. e Laura M.
Dakota Johnson concedeu uma entrevista exclusiva para a revista Vogue Italia. Como sempre, nossa equipe já traduziu o bate-papo completo, leia abaixo:
A sedução mais ousada é a que deixa campo para a imaginação. DAKOTA JOHNSON sabe disso, transgressiva e perturbadora no cinema, e musa de Mario Testino no set da campanha da Intimissimi.
Dakota está pronta para o clique da máquina fotográfica, radiante no vestido vermelho que escolheu de seu guarda-roupa pessoal para o ensaio com o fotógrafo Mario Testino. No set da campanha #InsideAndOut da Intimissimi, a lingerie está lá, mas você não pode vê-la. Escondida surpreendentemente com a ideia de provocar a imaginação daqueles que olham, elas dão força à personalidade das mulheres que as vestem. Um fascinante exercício perceptivo, um pouco explícito, que o próximo trabalho de Dakota no cinema, começando por “Cinquenta Tons de Liberdade” – o último da saga, estreando no Dia dos Namorados – onde a atormentada Anastasia Steele se casará (com Sr. Grey, é claro) e enfrentará sexo em novos tons, também exige. E então, no remake do filme de terror “Suspiria”, dirigido por Luca Guadagnino – chega aos cinemas na primavera e promete ser mais aterrorizante e perturbador do que o original – onde ela interpreta a bailarina Susy Benner.
O que significa para você ser sexy?
Nestes tempos, acho difícil encontrar a sensualidade e a feminilidade comunicadas de maneira interessante, isso me atrai de formas que inspiram respeito e suscitam emoções únicas. Essa campanha corajosa da Intimissimi fala de mulheres reais e se concentra no interior delas.Você já modelou para Testino no passado.
Sim, na minha primeira capa da “Vogue”. Eu estava muito cansada, mas Mario sempre é engraçado e livre. Quando fui modelo, eu era muito nova, talvez até demais. Me lembro de não sentir nada além da sensação dos cinco mil watts iluminando e amplificando meu corpo desajeitado e minhas inseguranças.Após “Fifty Shades”, a veremos no remake de “Suspiria”. Como foi no set, entre Varese e Berlim?
Foi uma experiência incrível com a intensidade do trabalho, o talento do elenco e simplesmente o assunto. Este filme entrou na minha vida aos 10 anos: eu estava em Cesenatico [Itália], e vi o cartaz da bailarina com a cabeça cortada. O impacto foi esmagador. E, no entanto, o tempo todo, ouvi minha alma em chamas.Seu sentimento por Luca Guadagnino é algo declarado.
Bem, o relacionamento de amizade e profissional que me liga a ele é algo que eu pensei que poderia existir apenas em sonhos.Você tem um objeto fetiche?
Eu viajo muito e, muitas vezes, tenho que dormir em camas estranhas. Eu sempre uso um cobertor de caxemira do The Elder Statesman que minha melhor amiga bordou para mim.
Fonte | Tradução: Laura M.
A revista árabe Hiamag entrevistou nossa Dakota e ela fala sobre sua vida, carreira e sobre a nova fragrância da Gucci, ‘Bloom’. Confira a entrevista completa traduzida por nossa equipe, assim como 22 novas fotos dos bastidores da campanha fornecidas pela MiuMag.
Em Nova Iorque, Los Angeles e na quieta Florença, em meio às mais bonitas águas e árvores frutíferas, me encontrei com a charmosa estrela Dakota Johnson, cinco vezes em três ocasiões diferentes e em menos de um mês, e cada vez era diferente da outra, como se fosse quatro mulheres em um só corpo e um só espírito, e toda vez ela recebe várias questões sobre a natureza do glamour após ter feito os filmes polêmicos de Cinquenta Tons de Cinza. Não há espaço para responder todas essas perguntas, mas brevemente eu posso dizer que o que descobri dela é que ela, pessoalmente, é mais bonita, alegre e transparente, uma maravilhosa estrela, modesta, simples e inteligente, muito educada, que sabe o que quer e que herdou dos pais dela as melhores qualidades.
Dakota é da família real de Hollywood, sua mãe é Melanie Griffith, seu pai Don Johnson. Ela esteve nas telonas com sua mãe em Crazy In Alabama em 1999. Mais tarde, ela teve papeis em diversos filmes, mais notavelmente estrelando no drama romântico Cinquenta Tons de Cinza.
Primeiramente, o que te levou a atuar?
Dakota: Eu cresci numa cama que amava o mundo do cinema, o que me fez sonhar em atuar. Desde minha infância, eu pensei que iria trabalhar em fazer filmes porque cresci nessa indústria de filme, arte e música. O lugar mais confortável para mim hoje em dia é em um set de filmagens.Acho que você não teve uma infância tradicional por conta da fama e trabalho dos seus pais. Como você se lembra dos seus dias de criança?
Dakota: Minha infância era cheia de viagens, e eu a passei ao redor do mundo entre diferentes cidades americanas e europeias. Viajei muito com meu pai para sets de filmagens, então tive de uma mudar de escola várias vezes, e era difícil fazer amizades de longa data. Mas esse estilo de vida me fez ganhar um conhecimento da cultura mundial, me permitindo explorar novas cidades, viver aventuras interessantes e visitar os museus mais importantes.Como você se adapta às luzes da fama?
Dakota: Estou acostumada com a fama por causa da minha família, mas ainda me sinto confusa pela multidão.Se você não fosse uma atriz de sucesso, o que queria ser?
Dakota: Se eu não fosse uma atriz, queria ser dona de uma padaria, floricultura ou uma cafeteria, e acho que eu seria a melhor criadora de bolos e panquecas locais, a florista mais coordenada, e a melhor pessoa para fazer cafés deliciosos e fresquinhos.Como você avalia seu trabalho na polêmica trilogia de Cinquenta Tons de Cinza para sua carreira?
Dakota: Tenho muito orgulho desse trabalho. A história é diferente e eu gosto de coisas diferentes. Eu sinto que estou no lugar certo hoje em dia, depois de ter lutado e lutado por anos. Tenho muita sorte de ter trabalho com artistas maravilhosos e inspiradores.Qual seu conselho para aspirantes a atores?
Dakota: Diferencie tudo para brilhar.Conte para nós sobre sua personalidade e estilo.
Dakota:Eu gosto da simplicidade, gosto da visão do que integra os gêneros, mas a feminilidade também me atrai. O que eu visto realmente depende do meu humor. No dia a dia, escolho um suéter confortável com jeans e deixo os vestidos longos para tapetes vermelhos.Gucci decidiu lançar o #InBloom. Você pode falar mais sobre esse novo projeto com Hari Nef e Petra Collins?
Dakota: Alessandro recentemente lançou seu novo perfume me pediu para participar da campanha e propagandas dessa fragrância. Fiquei sabendo de alguns dos detalhes desse projeto, que se chama Bloom, uma distintiva combinação de fragrâncias florais e um toque luxuoso de propriedade. Estou muito feliz por considerar a mim e todas as mulheres uma rosa no Jardim dos Sonhos, e estou muito feliz que essa colaboração é uma excelente oportunidade de trabalhar com meu amigo Alessandro, juntamente com Petra e Hari, que vivem no Jardim dos Sonhos. Eu as vejo como símbolo de mulheres radicais, e é uma grande honra.Você sabe que é a mais popular na Gucci, então por que todo esse amor? O que é essa colaboração para você?
Dakota: Eu amo essa marca há um tempo, e uma das minhas primeiras memórias dessa marca é um vestido que minha mãe me deu. Essa marca é caracterizada pela sua alta costura e artesanato. Cada peça, independente da estação, parece uma peça de arte, o que não se acha em outras marcas. Em adição à isso, Gucci apresenta a moda como uma forma de arte, então eu não só vejo como únicos os vestidos e designs estilosos, mas também é uma maneira de expressar minha criatividade por meio dos designs de Alessandro, que são fortes e muito especiais. A visão de suas criações é mais do que um presente para mim nessa amizade. Eu vejo que apreciar os sonhos e talentos daqueles que amamos é interessante e maravilhoso.O que distingue a moda da Gucci das outras? Qual é o critério que faz você encorpar a visão estética dessa marca? Quais são os melhores produtos para você?
Dakota: Quando escolho minhas roupas, escolho-as com cuidade porque acho que elas refletem em parte da minha personalidade para o público ou para as pessoas ao meu redor. Acho que usar as vestimentas da Gucci destaca a parte sensível e complexa da minha personalidade com um toque especial e proeminente de estética, exatamente como gosto. Sou muito sensível e minha personalidade é um veículo.
As estéticas da Gucci me deixam mais corajosa para usar cores mais chamativas. Sou acostumada a usar preto e cores mais escuras, porque me deixam mais confortável. Gucci é uma marca que me dá a neutralidade de escolher as cores que ficam bem em mim, especialmente porque eu odeio ser parte de um particular estilo de moda. Mas quando uso Gucci, sinto que eu me represento. As roupas ficam sexy e inteligentes. Esses são os detalhes de como eu me sentiria às vezes.
Dentre minhas favoritas inovações da Gucci, estão as sapatilhas de pelo, a nova fragrância Bloom, e várias outras peças feitas por Alessandro. Para maquiagem, eu gosto do lápis de boca Gucci Garnet Raw, o corretivo Concealer Perfecting Luminous Face, e o rímel preto.
Fonte | Tradução: Laura M.
Dentre muitas entrevistas que Dakota concedeu no início de maio deste ano, uma delas foi à Grazia Italia. À seguir, confira o que ela conversou com a revista na íntegra e traduzido pela nossa equipe:
Quase deitada no sofá da suíte onde nos encontramos, Dakota Johnson tem todo o ar de que gostaria de estar em qualquer lugar exceto na presença de um jornalista. Estamos em Nova Iorque, lá fora está ensolarado. Os sapatos são abandonados no chão, seus pés estão encolhidos debaixo do assento e em frente a ela há café e água mineral. Para deixar registrado, quando lhe pergunto o odor associado à felicidade, ela me diz que é o café.
Antes desta entrevista, conheci Dakota com na festa de lançamento que Gucci deu no MoMA PS1, um afiliado ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, localizada em Long Island, Queens. A ocasião foi a apresentação de Bloom, a nova fragrância feminina da Gucci, criada pela primeira vez por Alessandro Michele e que tem como inspiração a fotógrafa canadense Petra Collins, a atriz americana Hari Nef e Dakota. Não é coincidência: ela e Alessandro Michele são muitos amigos, Dakota muitas vezes usa Gucci em eventos e, no último MET Gala, eles se juntaram no tapete vermelho. É também por esta razão que quebro o gelo, na esperança de que minha qualificação italiana me faça mais complacente aos olhos dela, perguntando como é a amizade entre ela e o diretor criativo da Gucci. “Nos amamos,” ela responde, finalmente sorrindo. “Alessandro e eu compartilhamos os mesmos valores, amamos as mesmas coisas, e apreciamos sinceridade e honestidade nas pessoas.” Amizades à parte, é indubitável que a relação entre Dakota e Gucci também depende de uma sensibilidade estética comum, do amor pelo vintage e, em geral, de uma imagem que faz as duas criaturas pertencerem a uma era histórica diferente. “Alessandro parece vir de outra era, ele é tão brilhante,” ela admite. O que não digo a ela, mas penso, é que esse novo visual, de certa forma castigado, é definitivamente interessante para uma atriz famosa tirar depois. “Sempre gostei da estética um pouco vintage. Eu tenho tantas peças que comecei a acumular desde que era criança,” ela me conta sobre suas roupas. “Agora eu tenho uma fortuna incrível e acesso a roupas maravilhosas. Eu gosto daquelas que me fazem sentir sexy, mas você nunca me fotografará com algum desses vestidos que te deixam meio nua, que você vê agora nos tapetes vermelhos. Sou alguém que está muito atenta aos tecidos, não apenas ao corte, descobrindo então mais sobre eles. Então eu acho que as roupas são fundamentais para construir um personagem: aconteceu no set, eu trouxe minhas próprias roupas para me sentir mais confortável e para entrar melhor no papel. O mesmo se aplica à cor do cabelo: em alguns filmes eu estou loira. Agora eu estou morena, mas não descarto mudar novamente.” Se é parte de uma estratégia, é completamente compreensível.
Quando o primeiro filme de Cinquenta Tons estreou em 2015, Dakota tinha 25 anos e era, na maior parte, desconhecida para o público em geral. Os mais atentos já haviam notado-a em A Rede Social, onde ela tem uma participação especial como a noite de sexo sem compromisso do fundador da Napster, Sean Parker, estrelado por Justin Timberlake. Um papel do qual recebe críticas entusiasmadas. Foi, no entanto, apenas com o papel de Anastasia Steele, que o rosto e especialmente o corpo de Dakota tornaram-se de domínio público. Também é o momento em que os espectadores e a imprensa começam a ligar os pontos: Dakota é filha da arte, seu pai é Don Johnson e sua mãe é Melanie Griffith. O que significa que a pobrezinha passou o primeiro ano de sua vida profissional respondendo perguntas sobre como é fazer cenas de sexo (extremas) no set e, acima de tudo, o que os dois pais famosos pensam.
O que ele conta sobre sua infância é o seu relacionamento com a natureza: “Eu cresci em Colorado. Quando criança, passei a maior parte do tempo no ar livre, cercada por cavalos. Hoje eu tenho um cão e, em geral, me sinto muito perto da natureza e dos animais.” A avó, Tippi Hedren, uma atriz também famosa por fazer Os Pássaros, de Alfred Hitchcock e por ser liberada dos estúdios por recusar os avanços do diretor, começou a cuidar dos animais, salvando os selvagens. A mãe de Dakota, Melanie, cresceu com um leão em casa. “Minha avó é a mulher mais glamourosa que já conheci,” diz ela. “Ela é tão bonita e inteligente, uma mulher de classe de verdade.” Sem menção à mãe. Quando, na noite do Oscar de 2015, Melanie Griffith disse na televisão ao vivo que ela não tinha intenção de ver sua filha em Cinquenta Tons de Cinza, os tabloides estouraram falando sobre relações ruins entre as duas. Foi o primeiro gosto de Dakota com a intrusão da imprensa e tudo que vem junto no pacote. “Há momentos em que me sinto realmente vulnerável e a perda de privacidade que meu trabalho implica parece insuportável, uma invasão mesmo. Há outras vezes em que eu entendo que é parte do jogo, acontece, e eu tenho que aceitar. No meio, estou eu, e estou ciente da fama e dos seus mecanismos.” Crescer com dois pais estrelas ajudou, mas não muito: “Eu vivi duas vezes invasões de privacidade, agora e primeiro com meus pais. Só que, quando eu era criança e eles eram no auge de suas carreiras, os telefones não tiravam fotos e não havia rede social.”
Três anos após a estreia do primeiro filme da trilogia, Cinquenta Tons de Liberdade sai em fevereiro, para o Dia dos Namorados de 2018, onde veremos Anastasia vestida de branco (mas a inocência durará alguns segundos), e Dakota quer falar sobre outra coisa. Também porque, entretanto, ela fez isso e fez isso bem. Em 2015, ela era a esposa de Johnny Depp em Black Mass, o filme sobre a vida do criminoso Whitey Bulger. Além disso, ela era a jovem protagonista de A Bigger Splash, o remake francês de A Piscina dirigida pelo italiano Luca Guadagnino, um filme bem recebido nos Estados Unidos, bem como sua interpretação. “Eu amo Luca, na verdade eu gostaria de me casar com ele. Eu sei que ele também está apaixonado por Tilda Swinton, e também amo Tilda, então o relacionamento seria um pouco incestuoso, mas basicamente eu amo Luca. É isso aí.” Disse que ela já declarou amor louco por dois homens italianos. “É verdade. Talvez porque eu tenha uma mentalidade europeia ou talvez porque em uma vida anterior eu era italiana. Mas sim, eu amo os dois. E tenho um relacionamento semelhante com cada um.” Sempre com Guadagnino, Dakota acabou de filmar o remake de Suspiria, nos cinemas em 2018, que uma das obras-primas de terror de Dario Argento, em uma escola de dança. “Nós fomos para Varese, e foi uma experiência incrível, muito intensa e cansativa, mas também emocionante. Hoje, pensando em tudo, me pergunto como consegui sobreviver. Tenho o papel de dançarina Susan Bannion, Suzy para os íntimos. Antes de começar, tive que treinar e estudar dança clássica. Então, no set, eu sempre estive ao lado de uma coreógrafa. O trabalho na dança era como uma performance autônoma, completamente diferente, mas complementar à atuação. Meu corpo foi afetado: eu estava com o peso baixo, destruído pela fadiga, com dor muscular em todos os lugares. É aí que eu entendo o sofrimento e a dignidade dos dançarinos.”
Tradução: Laura M.
Dentre algumas entrevistas de Dakota que estão indo para as bancas, ela também se sentou para um breve papo com a versão alemã da revista InStyle. Confira, à seguir, a entrevista traduzida por nós e os scans:
Um jardim opulento no meio de uma Nova Iorque noturna com flores exóticas e samambaias, iluminadas por luzes do vento. As paredes de concreto são altas. No meio dessa festa de lançamento do novo perfume da Gucci com um visual utópico, Dakota Johnson, o rosto da fragrância “Bloom”, está encantadora em seu vestido estampado e seus sapatos filigranas, mas a parte encantadora só é emocionante por causa de algumas quebras de estilo: cigarro em uma mão, bebida na outra, tatuagens que às vezes aparecem, e uma risada profunda e excitante.
Quebras [de normalidade] também acontecem na vida da atriz de 27 anos: ela vem de uma família glamorosa de Hollywood, mas quando criança, viu de perto os problemas com álcool e drogas com seus pais Melanie Griffith e Don Johnson. Suas amigas incluem estrelas como Taylor Swift, mas suas melhores amigas Sarah [Nininger] e Emily [Ward] a conhecem desde sua infância. E, depois do drama erótico Cinquenta Tons de Cinza, com o qual ela se tornou famosa mundialmente, ela também fez a comédia Como Ser Solteira. No dia seguinte à festa da Gucci, nos encontramos com Dakota em seu hotel: maquiagem e cabelo perfeitos, vestindo uma elegante calça social e blusa – e descalça. Não há sapatos por perto. Outra quebra. Típico de Dakota.
Você é o novo rosto do novo perfume da Gucci, “Bloom”, que lembra um jardim de flores elegante. Qual jardim tem um lugar especial em seu coração?
O jardim da nossa casa em Colorado, onde cresci. Numa parte escondida dele, havia um rio, e era muito lamacento e rochoso. Quando criança, brinquei muito lá. Nunca voltarei, mas frequentemente penso nisso.E qual a sua primeira memória da marca Gucci?
Um vestido preto, justo, com um cinto prata dos anos 80, o qual minha mãe recentemente queria se livrar. Claro, o peguei para mim imediatamente.O que acontece com roupas que você não usa?
Eu coloco tudo numa pilha e deixo minhas irmãs verem se querem alguma coisa. O que elas não pegam eu dou para caridades ou para um abrigo de mulheres em Los Angeles.Você se envolve em outras atividades?
Sim. Eu trabalho com o Action in Africa. Sarah, minha melhor amiga de infância, fundou a organização há 10 anos quando ela tinha 17 anos. Ela foi para Uganda na época e construiu uma escola, agora ela mora lá.Com todas as doações: diga uma coisa que você nunca seria capaz de doar?
Eu tenho muitos problemas com isso. São coisas como casacos de pele rock n’ roll e vintages que comprei na adolescência e nunca uso.O que a moda significa para você no geral?
Bom, a maneira como você se veste ainda diz muito sobre quem você é e como quer ser visto.
Tradução: Laura M.